Mato Grosso registra atualmente um total de 418 obras públicas inacabadas, conforme dados do sistema Geo-Obras, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). Esse é apenas um complemento, que justifica a proposta do primeiro secretário da Assembleia Legislativa, o deputado Max Russi, para a criação de uma Comissão Especial para a elaboração de um estudo técnico, sobre os popularmente conhecidos como “elefantes brancos”. Esse requerimento foi apresentado na sessão vespertina dessa terça-feira (12).
“A realidade das obras paralisadas assola todos os municípios de Mato Grosso”. justificou o parlamentar, explicando que a meta, além da preparação de um inventário físico financeiro, é identificar e aplicar soluções definitivas , evitando assim a perpetuidade do problema.
No mês passado, Russi já havia proposto a idéia de organizar uma força-tarefa, por meio de uma ação conjunta entre a Casa de Leis, governo estadual, Ministério Público e a Corte de Contas, no intuito de efetivar essas ações resolutivas e orientativas.
O deputado, que já foi prefeito do município de Jaciara por dois mandatos, alega que também já viveu a dificuldades, quanto a entraves burocráticos, problemas em repasses e liberação de recursos, que levam a atrasos consideráveis na execução das obras.
Tais percalços, vivenciados por muitos prefeitos de MT, poderiam ser solucionados através do trabalho proposto. “Você vai, como parlamentar, nos 141 municípios de Mato Grosso. Cada um tem uma obra parada”, exemplificou.
Dentro desse pacote, registram-se 79 obras de pavimentação e edificação pública, que estão paralisadas, de acordo com a Secretaria de Estado das Cidades (Secid). Dessas, apenas 98 estão em andamento e 187 em situação incompleta.
Esse mesmo diálogo, levantado por Max Russi e que a Casa de Leis está dando seqüência, foi promovido, no ano passado, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Tribunal de Contas da União (TCU), Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de seu presidente e ministro Dias Toffoli.
“Se as obras não se concluem, quem perde é a população, que não vai fazer bom uso do dinheiro que foi investido. Precisamos mudar esse quadro”, avaliou Max.
Fonte: Folhamax