Estudos da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL) apontam para uma melhoria de aproximadamente 3% no índice de vendas para o próximo ano na Baixada Cuiabana.
A previsão é que os setores que terão maior crescimento são: o agronegócio e a indústria de maquinários utilizados em fábricas e grandes empresas. No comércio a expectativa é da ampliação das vendas no setor de eletrônicos e comunicação, além de um aumento de prestação de serviços.
“As pessoas agora querem facilidade, então prestadores de serviço como restaurantes, devem ampliar sua receita. O comércio de eletrônicos vai continuar em alta e em 2018 deve crescer ainda mais”, argumenta Soares.
O saldo positivo deve atingir todo o Estado. O presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Hermes Martins da Cunha avalia que o poder financeiro de empresários também será maior em 2018, pois poderão contar com novas opções de crédito, por meio de empréstimos facilitados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fazerem investimentos nas empresas.
“Um trabalho em conjunto entre a Federação Nacional do Comércio e a diretoria do BNDES trouxe novas opções de crédito aos pequenos e médios empresários, com créditos facilitados, juros reduzidos e prazos melhores, o que antes não se tinha e isso traz capital de giro ao empresário e mais poder de investimento”, explica Hermes.
O presidente explica que se o empresário tem mais recurso para investir, logo vai ter condições de comprar mais, reformar ou ampliar a empresa e também contratar mais pessoas.
Na contramão da crise
A Capital cuiabana ficou entre as principais cidades brasileiras que mais evoluíram na geração de novos empreendimentos em 2017. O o avanço foi apontado pela pesquisa de Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) realizada pela ONG Endeavor, divulgada no início de dezembro.
Segundo a pesquisa, Cuiabá subiu 16 posições em dois anos, passando de 20º para 4º colocação no ranking, no quesito ambiente regulatório, que inclui tempo gasto com burocracia e complexidade dos tributos, e de 28º para 18º, avançando 10 posições, no quesito ambiente geral para empreender.
Atualmente, Cuiabá possui mais de 47 mil empresas com registros abertos. No período entre 2016 e 2017 a Capital registrou 5,243 aberturas de empresas e 181 fechamentos, segundo dados da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat).
Com saldo positivo de novos empreendimentos, a Capital entra na contramão da crise e vem reduzindo o quadro de desemprego mais rapidamente que a média nacional, que é de 13,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com população de 570 mil habitantes, o ICE levantou que o saldo de empregos em serviços e comércio criados ou perdidos em 2017 foi em -63 por 100 mil habitantes, em 12 meses, enquanto 2016 o saldo estava negativo em -435 por 100 mil habitantes. Uma média de 12%.
O estudo analisou 32 cidades, incluindo as 12 mais populosas do país, que correspondem a mais de um quarto da população e cerca de 40% do Produto Interno Bruno (PIB) brasileiro.
As cidades participantes são as que concentram mais empresas de crescimento acelerado – aqueles cujo número de funcionários cresceu ao menos 20% ao ano, nos três anos seguidos.
Fonte: Repórter MT