Advogado compara troca de roupas entre atiradora e mãe de Isabele: “Agiram de forma idêntica”

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A defesa da família Cestari, envolvida no homicídio da adolescente Isabele Guimarães Ramos, morta com um tiro no rosto, defendeu que não houve má-fé quando a atiradora, uma menina de 14 anos, trocou de roupa logo após o crime. Em petição do último dia 2 de setembro, Artur Osti, advogado dos Cestari, argumentou que a mãe da vítima, a empresária Patrícia Guimarães Ramos, procedeu de forma ‘idêntica’.

Segundo o advogado, não há motivos para os questionamentos feitos, sobretudo, pela imprensa quanto a intenção da atiradora ao trocar de roupa na casa de uma vizinha, no momento em que a cena do crime já estava completamente isolada. Para Osti, a atitude é equivalente à de Patrícia Guimarães Ramos, que também trocou de roupa antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O advogado lembrou que no momento em que chegou à residência dos Cestari, Patrícia usava um vestido branco e, em seguida, voltou à sua casa para buscar seu aparelho celular. Na segunda vez em que esteve no local do crime, a mãe de Isabele usava um vestido verde. “As razões a levaram a assim proceder? Pouco importa!”, destaca o advogado.

Osti sustenta que a atitude é típica de quem está em estado de pânico, fazendo alusão a tese de que a menor de idade, responsável pela morte de Isabele, se livrou das vestes por se sentir ‘sufocada’.

No documento assinado na quarta-feira (2), o advogado contestou os laudos periciais que levaram a polícia a concluir pela instrução processual por ato infracional análogo a homicídio doloso contra a autora do disparo que matou Isabele.

A família Cestari chegou a, inclusive, contratar um legista nacionalmente famoso, Badan Palhares, para sustentar que os laudos periciais da Politec não refletem a realidade das circunstâncias do fato. A defesa dos Cestari argumentou, principalmente, que não houve consideração pelas pequenas alterações na cena do crime, em decorrência dos procedimentos de primeiros-socorros.

Na petição, o advogado da família pede o ‘perdão judicial’ da atiradora alegando que a adolescente vem sendo vitimada todos os dias por exposições vulgares e comentários ofensivos. Segundo Osti, a menina não suportaria o peso de um processo judicial.

Fonte: Hipernotícias