Adolescentes de escola particular de Cuiabá são vítimas de falsos ‘nudes’ criados por IA

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Adolescentes de uma escola particular em Cuiabá foram vítimas de “falsos nudes” criados por inteligência artificial e disparados como se fossem das meninas. No total, 35 meninas tiveram as supostas fotografias nuas expostas nas redes sociais. Alguns professores também seriam vítimas do crime.

Segundo as informações, o caso se tornou público quando a mãe de uma das alunas teve acesso às falsas imagens divulgadas por um aluno de 14 anos, do 7° ano. Segundo ela, as fotografias estão sendo propagadas desde 8 de agosto, mas foi somente no dia 19 desse mês que a mãe obteve acesso aos chamados “deepnudes”.

Após descobrir o crime digital, a mãe se dirigiu à escola na sexta-feira (20) e questionou quais seriam as punições para os envolvidos. A direção da escola alegou que está investigando o caso, mas a princípio não informou providências.

Diante da suposta omissão, os pais das vítimas decidiram se juntar e fazer um boletim de ocorrência.

De acordo com os responsáveis pelas vítimas, somente quando o caso veio a público a escola decidiu por proibir o uso de celular no ambiente escolar e por expulsar os alunos envolvidos enquanto espera a investigação da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), na busca por mais vítimas ou envolvidos.

Em nota, o diretor da escola afirmou que teve conhecimento do caso de cyberbullying na quinta-feira (19) e já na sexta, (20) realizou uma reunião com a Comissão de Ética e Disciplina do colégio. Durante a reunião, segundo o diretor, foram discutidos os fatos e adotadas as providências “adequadas”.

Ainda na nota divulgada pelo diretor, a escola recomendou que os pais dos alunos chequem o celular dos filhos e com quem eles conversam. Também ficou estipulado que a partir desta segunda-feira (23), a escola tornará mais rígido o controle doo uso de celular, caso seja necessário. Ao final do documento, o diretor pediu a colaboração de todos para “promover um ambiente saudável e respeitoso em nossa comunidade escolar”

As investigações continuam sob responsabilidade da Polícia Civil. (HNT)