Abilio: Prefeitura tem R$ 6,8 milhões no caixa e uma folha de R$ 78 milhões para ser paga

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O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que encontrou R$ 6,8 milhões no caixa da Prefeitura, enquanto o custo da folha salarial de dezembro dos servidores é de R$ 78 milhões. A declaração foi feita nesta quinta-feira (2), em entrevista à TV Centro América (TVCA). O rombo nas contas é herança da administração de Emanuel Pinheiro (MDB), que não quitou os salários de dezembro antes de deixar o cargo e alegou que havia R$ 33 milhões em caixa.

“A conta da Prefeitura nós recebemos com R$ 6,8 milhões disponíveis no caixa. É só isso que tem. A folha custa R$ 78 milhões. Entenda bem, a prefeitura que me foi repassada repassou R$ 6,8 milhões com uma folha de R$ 78 milhões completa para ser paga”, revelou Abilio.

O ex-prefeito atribuiu o atraso no pagamento ao governo do estado, alegando que repasses de ICMS, na ordem de R$ 13 milhões, não foram realizados a tempo. No entanto, a justificativa foi contestada pelo secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, que esclareceu que os repasses seguem um cronograma legal e que Emanuel já sabia que o valor seria transferido no dia 2 de janeiro, segundo o previsto na legislação.

“A Sefaz não aceita ser usada como desculpa pela inepta gestão de Cuiabá que, felizmente, se encerrou, e reafirma seu compromisso com a transparência e o cumprimento rigoroso dos repasses financeiros”, afirmou Gallo em nota. Ele ainda destacou que o atraso nos salários não está relacionado à atuação da secretaria estadual.

Abilio informou que a receita prevista para o mês de janeiro é de R$ 180 milhões, mas parte desse montante precisa ser destinado à folha salarial de janeiro. Para tentar resolver a questão, o prefeito determinou o corte imediato de despesas supérfluas em todas as secretarias para otimizar os recursos e deve buscar o governo do estado para obter informações adicionais sobre os repasses do ICMS.

“Nós vamos atrás de todos os recursos necessários para a gente pagar o mais rápido possível a folha de dezembro e vamos buscar alternativas para ter condições de pagar fornecedores”, declarou Abilio.  (Repórter MT)