“Suprir esse déficit, aí é uma necessidade do planejamento conjunto, nós vamos conseguir organizar isso, em parceria com outros entes federativos, e se a gente conseguir, vamos aumentar a nossa quantidade de lotes, que nós vamos fazer lotes urbanizados, e casas que também a gente possa entregar para a população”, declarou.
Apesar da fala, o próprio Brunini já afirmou que não recorrerá a recursos ou convênios com o Governo Federal. Outra possibilidade seria buscar apoio do governo estadual, mas a prefeitura não tem obtido avanços nessa frente, como demonstram as tentativas frustradas em torno da Santa Casa e do custeio do passe livre estudantil.
A alternativa considerada mais viável é a destinação de emendas parlamentares pela bancada federal de Mato Grosso. No entanto, esses recursos não poderão ser transferidos por meio da modalidade “emenda pix”, já que o município está bloqueado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Questionado sobre o número expressivo de inscrições, Abilio reconheceu que já esperava alta procura, sobretudo pelo déficit habitacional apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022.
“Essas 75 mil pessoas era previsível, porque nós temos aqui já declarado no último censo um déficit habitacional de 40 mil pessoas. Então há também um número superior porque outras pessoas que não estão inclusas nesse déficit acabam fazendo inscrição e depois vem o filtro”, pontuou.
Ele também relembrou o caos registrado no dia do lançamento do programa, quando famílias chegaram a acampar em frente à prefeitura, e reforçou que as inscrições seguem abertas até 19 de setembro. (Leiagora)
