O aplicativo de celular da empresa Uber, que conecta motoristas a passageiros interessados em serviços de transporte privado, pode estar operando em breve, em Cuiabá. Nos últimos dois dias, no Hotel Deville, representantes da empresa estiveram reunidos com motoristas interessados na parceria.
No encontro, os participantes receberam explicações sobre o funcionamento do aplicativo. A reportagem esteve no local, mas representantes do evento alegaram que não poderiam dar qualquer informação sobre o assunto.
Já por meio da assessoria de imprensa, a Uber limitou-se a informar que está constantemente avaliando a possibilidade de novas cidades receberem a plataforma tecnológica, como já acontece em mais de 500 cidades no mundo. “Parte dessa avaliação, que é feita em vários níveis, inclui buscar talentos e compartilhar informações com os cidadãos que queiram ter uma nova oportunidade de renda com autonomia, flexibilidade e dignidade dirigindo na plataforma da Uber, e não significa a entrada imediata da Uber em Cuiabá. Quando houver algo definitivo, faremos um anúncio oficial”, resumiu.
No país, a Uber está ativa em cidades, como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Goiânia (GO), Salvador (BA), Londrina (PR), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Vitória (ES). Porém, a chegada do aplicativo ao Brasil gerou grande polêmica, especialmente, entre os taxistas. Na capital, também já houve problemas mesmo antes de sua chegada. Em agosto do ano passado, por exemplo, a Polícia Militar teve que ser acionada para controlar uma confusão em frente a um hotel, que na Avenida Fernando Correa da Costa, entre taxistas e um homem que supostamente estava trabalhando como motorista do aplicativo Uber.
Na ocasião, cerca de 10 taxistas pararam em frente ao prédio e exigiram que o motorista que estava em um carro de passeio preto saísse de dentro do hotel. O veículo estacionado em frente ao saguão estava adesivado como “transporte executivo”.
Na mesma época, o vereador Dilemário Alencar (PTB) apresentou na Câmara Municipal projeto de lei que proíbe a operação do aplicativo Uber na cidade. Porém, em sua página na internet, a Uber garante o aplicativo é legal. “As atividades da Uber e de seus motoristas parceiros são garantidas pela Constituição Federal Brasileira (CRFB), pela Lei Federal nº 12.587/2012, que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana, pelo Código Civil (CC/02) e pela Lei Federal nº 12.965/14, conhecida como o Marco Civil da Internet no Brasil”, traz.
A Uber oferece um serviço de transporte similar ao táxi, mas com a flexibilidade de funcionar online por meio do celular. O preço pago pelo passageiro também é mais baixo. Para usar o serviço, o cliente precisa instalar o aplicativo e ter cartão de crédito. Quando pede um carro, a pessoa recebe informações sobre o motorista, que também tem acesso aos dados do passageiro.
A empresa cobra percentual das corridas e taxas para cobrir os gastos com telefones, mas o restante fica para os motoristas (75% do preço das viagens). Em folders distribuídos aos interessados, a promessa é de ganho bruto médio de R$ 4 mil/mês.