Novo senso do IBGE e guerra de facções coloca Sorriso entre as 6 cidades mais violentas do País

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Uma guerra sangrenta entre facções e um novo senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou uma triste realidade em Sorriso (a 420 km de Cuiabá). A cidade passou, em 2023, a figurar entre as 6 mais violentas do país.

Conforme o documento do Anuário Brasileiro da Segurança Pública 2023, a cidade mato-grossense tem taxa de 70,5 mortes por 100 mil habitantes. A cidade fica atrás de 4 municípios da Bahia e um de Pernambuco – todos na região Nordeste.

Marciana Glowacki, 29 anos, morreu no dia 26 de dezembro e “engrossa” essa estatística. Ela é a quarta vítima de chacina que deixou outros três mortos em uma casa no bairro Benjamim Raises, oito dias antes, em 18 de dezembro. O crime aconteceu por volta das 22h. Quatro homens chegaram ao local em um Pálio prata, pularam o muro, invadiram a casa e “metralharam” todos.

Após o relatório classificado a cidade mato-grossense de forma negativa, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), destacou que a situação ocorre por conta de uma rixa entre criminosos.

“O governo toma medidas todos os dias, mas aqueles crimes lá, que todos sabem, que é bandido matando bandido. Digo sempre, infelizmente, que a lei brasileira é frouxa para combater o crime. Tanto que, nos últimos 40 anos no Brasil, todos os indicadores de criminalidade aumentaram. Enquanto não mudar a lei, vamos enxugando gelo”, observou mendes.

ANALISANDO OS DADOS

O Anuário usava dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010. Agora, o Anuário 2023 já conta com os dados atualizados do censo 2022 – onde a população brasileira tem 10 milhões a mais de pessoas (5% maior).

No cenário anterior, Sorriso sequer aparecia entre as 30 cidades mais violentas do país. Isso porque nem tinha 100 mil habitantes (66 mil) para ter as taxas de mortes analisadas. Agora passou a ter 110.635 habitantes conforme o último censo, o que representa um aumento populacional de 66,73%.

Fonte: O Documento