Executor de advogado é pedreiro em MG e esteve em Cuiabá só para ‘cumprir missão’

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Autor dos disparos que mataram o advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, no último dia 5 de dezembro, o pedreiro Antônio Gomes da Silva será transferido para Cuiabá nas próximas horas. A autorização para o recambiamento do suspeito foi dada pela juíza Maria Beatriz Fonseca da Costa Biasutti Silva, Plantonista da Microrregião XXVI do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Na audiência de custódia, realizada em Minas Gerais, o suspeito apontou que mora em Santa Luzia, cidade mineira onde foi preso, e que estudou até a quarta série do Ensino Fundamental. O pedreiro revelou ainda que nunca morou em Cuiabá e que teria vindo para a capital mato-grossense apenas para cometer o crime.

Na decisão em que determinou a transferência do autor do crime para Cuiabá, a magistrada mineira destacou que não teria como avaliar a necessidade ou não de manutenção da prisão preventiva pois não tem acesso ao procedimento que resultou na prisão do suspeito. Foi informado que, como havia uma aeronave de prontidão para realizar o recambiamento, autorizou o procedimento.

“A necessidade ou não de manutenção da custódia não tem como ser avaliada pela Justiça da Comarca de Santa Luzia, pois não se tem acesso ao procedimento que ensejou a decretação da temporária. Por outro lado, sendo noticiado que já existe uma aeronave de prontidão para realizar o transporte do custodiado, que, de acordo com CAC e FAC acostadas ao feito, não responde a processo nem cumpre pena em Santa Luzia, autorizo o recambiamento do nacional para Cuiabá”, diz a decisão.

Antônio Gomes da Silva foi preso por ter executado com pelo menos 10 tiros, o advogado Roberto Zampieri, no dia 5 deste mês, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, foi preso na manhã desta quarta-feira (20). Ele confessou a autoria do assassinato. A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a prisão foi efetuada em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), numa parceria com a Polícia Civil daquele Estado.

Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada como mandante do assassinato, também foi presa pela Polícia Civil de Minas Gerais em um posto de gasolina. Ela estava sendo procurada desde a manhã de quarta-feira (20) e, quando foi detida, estava com uma pistola em sua cintura, arma que foi apreendida pelos investigadores e que curiosamente tinha o mesmo calibre da utilizada pelo autor dos disparos.

Fonte: Folhamax