A estudante Keli Daiane da Silva Dias, de 30 anos, da Escola Técnica Estadual de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, desenvolveu uma ‘cápsula biodegradável‘ que atua como um inseticida e adubo natural.
Em entrevista ao g1, Keli contou que já trabalha no projeto há mais de um ano. Segundo ela, a ideia de criar a cápsula surgiu quando trabalhava limpando casas e observou a quantidade de resíduos orgânicos que eram desperdiçados ao longo do dia.
Keli explicou que, à época, fazia um curso técnico em agropecuária e que precisava criar um projeto inovador para apresentar em uma mostra científica da escola.
“Em uma manhã cheguei em casa e fui fazer uma pesquisa sobre resíduos domésticos, como cascas de ovos e borra de café. Aquilo despertou algo em mim. Fiz uma lista enorme das coisas que eram viáveis ou não. Queria levar esse trabalho para o meu projeto, e assim eu fiz”, contou.
Atualmente, o produto conta com 10 ingredientes — Foto: Seciteci-MT
De início, a cápsula contava com 17 ingredientes e, atualmente, o produto utiliza 10 elementos para ser fabricado, atendendo as demandas de custo-benefício dos produtores.
Foi então que a ação passou a apoiar pequenos produtores dando a destinação correta aos resíduos orgânicos. De acordo com a estudante, a pesquisa passou a ganhar apoio de pequenos agricultores da região, que abriram as portas para que o produto pudesse ser testado.
Com o avanço da pesquisa, Keli conseguiu uma bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemat) e deixou de realizar serviços de limpeza, podendo se dedicar integralmente ao desenvolvimento do produto.
Em 2022, Keli representou a Escola Técnica Estadual na 2° Semana Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, em Brasília, e conquistou o terceiro lugar na premiação.
A pesquisadora ainda contou que está se preparando para apresentar as cápsulas em novas competições, como o programa de aceleração Inova Sebrae, que já tem a final marcada para janeiro de 2024.
Fonte: G1 MT