Homenageado com fogos de artifício em dezenas de cidades de Mato Grosso, Rudney Rodrigues dos Santos, o “Pinguim”, era encarregado de controlar o envio de armas e drogas para o Rio de Janeiro. Além disso, o “paizão” do Comando Vermelho tinha outras duas atribuições: receber foragidos da Justiça fluminense em Mato Grosso e impedir o avanço do PCC na região da fronteira com a Bolívia.
Rudiney tinha sido preso pela última vez em 2022 no município de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá). Na ocasião, ele retornava de uma das viagens ao Rio de Janeiro quando foi abordado pela polícia.
Sete anos antes, porém, “Pinguim” já constava na lista de criminosos mais perigosos do Estado. Ao lado dele figuravam nomes como João Arcanjo, Célio Alves, cabo Hércules, Sandro Louco, Renato Sigarin e Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus (Miro Loco).
O traficante morreu na terça-feira (24) em decorrência das complicações de uma fratura na costela. A fratura ocorreu quando Rudiney pulou o muro da penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis e fugiu. Ele chegou a procurar socorro, mas deixou o hospital e só voltou na terça-feira quando os ferimentos já tinham se agravado.
Na noite de terça-feira criminosos organizaram a queima de fogos de artifício em diversas cidades para prestar homenagem ao “paizão” do CV. A Polícia Militar afirmou que trabalha para identificar os envolvidos na homenagem. (HNT)