Policial é morto por colega de farda dentro de quartel da PM

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O sargento da Polícia Militar Willian Ferreira foi assassinado a tiros após uma discussão com um colega de farda dentro do batalhão da 18ª Companhia de Polícia Militar, em São José do Rio Claro (a 342 km de Cuiabá).

Segundo informações da imprensa local, os dois sargentos se desentenderam por causa de atrasos envolvendo a troca de turno do plantão. A vítima que estaria de folga, foi até o quartel e ao conversar com o outro sargento, houve uma discussão e o militar atirou contra a vítima.

Testemunhas relataram ouviram o barulho de cerca de seis disparos vindo de dentro da unidade da PM e que William estava ferido na região tórax. Ele chegou a ser encaminhado em estado grave ao hospital da cidade, mas não suportou a gravidade dos ferimentos e morreu.

O comandante-geral da PMMT, coronel Alexandre Mendes, por meio de nota à imprensa, confirmou a tragédia dentro da unidade e reconheceu a existência de indícios de uma “rixa” anterior entre os dois policiais envolvidos na situação deste fim de semana.

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É com atenção que acompanhamos desde ontem o triste episódio envolvendo dois irmãos de farda. Não apenas a PMMT está consternada, mas, principalmente, São José do Rio Claro, onde esses profissionais dedicaram suas vidas e hoje amanheceu de luto; pasma.

Desde as primeiras informações que davam conta de um desentendimento entre dois sargentos, que culminara em disparos de um contra outro, no interior da Unidade Policial, passando posteriormente a relatos de animosidade prévia entre os dois, inclusive rusgas antigas de conhecimento comum, citações apócrifas inclusive de assédio. Tudo isso, agora povoa as redes sociais bem como foi informado pela imprensa local durante a cobertura e, certamente, será apurado pelo inquérito policial militar. Nada do que circula nas últimas horas deve ser estranho ao trabalho rigoroso da investigação.

Para além da tragédia em que nos cabe imediatamente apoiar familiares, tropa e a cidade de São José do Rio Claro, resta ainda o alerta que episódios como esse sinalizam a nós, que é o devido cuidado com o ambiente de trabalho e nossa saúde mental, a nos demandar elevado autocontrole. Pois, considerando a carga emocional que suportamos bem como os níveis de estresse próprios a quem está no front da segurança pública, é necessário que todos estejamos atentos, cuidando de nossa mente e relacionamentos na caserna. Mas não só. Identificando quem está no limite e precisa de ajuda bem como aqueles que saturam negativamente os relacionamentos.

Encerro dizendo que episódios como ocorrido expressam realidades que muitas vezes só são observadas pela própria consciência e sentimentos de quem vive, e por isso, é tão difícil sua previsão. Cuidemos agora, e curemos, a tropa e a sociedade local que perdeu, cada um à sua maneira, duas referências no combate ao crime.

Alexandre Mendes – Cel PM
Comandante-Geral da PMMT

(HNT)