A chegada dos trilhos da Ferrovia Estadual Vicente Vuolo, de Rondonópolis à Capital, finalmente tem data para acontecer, com previsão em contrato entre o governo do Estado e a empresa Rumo S.A, para o segundo semestre de 2025. Debater como serão as obras do novo terminal na capital e os impactos que este trarão na área de influência direta, entre os municípios de Cuiabá, Santo Antônio do Leverger e Várzea Grande, é o principal objetivo da Audiência Pública convocada pelo deputado Júlio Campos (União Brasil), para esta segunda-feira (9), às 14h, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Para acompanhar esta demanda tão aguardada e fundamental para o desenvolvimento da Baixada Cuiabana, devem participar dos debates o presidente da Almt, o deputado Eduardo Botelho, e os deputados Wilson Santos, Carlos Avallone e Lúdio Cabral.
“A empresa até agora apresentou apenas os projetos e estudos do trecho até Campo Verde. Um dos focos desta Audiência Pública é questionar sobre como está o andamento do projeto até Cuiabá. A empresa precisa debater o projeto executivo com a sociedade.”, afirma o deputado Júlio Campos.
Em Mato Grosso, a Rumo S.A. já instalou 300 quilômetros de trilhos da Ferrovia Ferronorte, como é conhecida a Ferrovia Senador Vicente Vuolo. Segundo a empresa responsável, ainda serão investidos na obra entre R$ 14 bilhões e R$ 15 bilhões, dos quais cerca de R$ 4,5 bilhões serão injetados para levar 220 quilômetros de trilhos de Rondonópolis até Campo Verde.
A ferrovia estadual passará por 16 municípios e deverá gerar 100 mil empregos diretos e 100 mil indiretos. Também estão previstos no projeto 22 pontes, 21 viadutos, cinco passagens inferiores, aproximadamente dois quilômetros de túneis e um total de 108 mil toneladas de trilhos. Após a conclusão desta ferrovia, Cuiabá e o nortão mato-grossense passarão a ter uma ligação direta por trilhos com o estado de São Paulo e, principalmente, com o Porto de Santos.
A Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso é a primeira ferrovia estadual do Brasil. Os municípios que serão transpostos pelo projeto são Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Santa Rita do Trivelato, Rosário Oeste, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Primavera do Leste, Campo Verde, Dom Aquino, Poxoréu, São Pedro da Cipa, Juscimeira, Jaciara, Rondonópolis, Santo Antônio do Leverger e Cuiabá.
Segundo Vicente Vuolo, secretário de desenvolvimento econômico de Cuiabá e presidente do Movimento Pró-Logística, essa Audiência Pública será fundamental para que a Rumo venha a Cuiabá e coloque nossa Rodovia como prioridade e consolide a área onde está prevista a instalação do terminal Ferroviário que irá contemplar Cuiabá, Várzea Grande e Santo Antônio de Leverger.
“O grande ponto é priorizar a Capital, porque se há ferrovia em Mato Grosso é por causa da luta de Cuiabá por este modal. Inclusive a concessão estadual só existe devi do a articulação dos deputados estaduais, para que esse licenciamento fosse possível. Queremos que esta ferrovia transporte não só cargas, mas desenvolvimento”, afirma Vuolo.
Também estão confirmados como participantes da Audiência Pública Jerónimo Campos, representando a Sema, e os seguintes representantes da empresa Rumo S/A, o executivo de Relações Institucionais – Rodrigo Verardino, a diretora-executiva de meio ambiente – Paula Tagliari, o diretor-executivo de Engenharia – Wescley Brito e o especialista de Relações governamentais – Vinicius Correa.
Fonte: Gazeta Digital