Servidores, empresários e possíveis “laranjas” são os alvos da operação Iterum, deflagrada nesta quarta-feira (04), pela Polícia Federal, com apoio da Controladoria Geral da União (CGU), contra uma quadrilha investigada pelo desvio de recursos públicos federais destinados à saúde do Município de Cuiabá. Segundo as investigações, o grupo causou prejuízo de cerca de R$ 13 milhões aos cofres públicos.
De acordo com PF, a operação cumpre nove mandados de busca e apreensão, em Cuiabá e Várzea Grande. Os alvos são três servidores, dois empresários empresários e quatro “laranjas”. Um dos servidores já estava afastado por ocasião da intervenção. Os nomes dos alvos não foram revelados.
Durante as investigações, foram detectadas incongruências e graves irregularidades na execução de contrato de serviços de tecnologia, mantido pelo município entre os anos de 2017 e 2022 com empresa do ramo de informática.
O esquema funcionava da seguinte forma: eram contratados serviços na área de informática, desenvolvimento e manutenção de softwares. No entanto, a Polícia Federal apurou que os serviços não eram prestados.
As análises realizadas pela PF, com o apoio do CGU, não encontraram evidências da efetiva prestação dos serviços contratados, bem como de sua correlação com os respectivos pagamentos.
As diligências permitirão o aprofundamento da apuração dos fatos, que envolve a prática dos crimes de corrupção, lavagem de capitais e fraude ao caráter competitivo de licitação.
As penas dos crimes imputados aos investigados podem chegar a 30 anos de reclusão.
Fonte: Repórter MT