O governador Mauro Mendes (União Brasil) confirmou que há uma negociação em andamento com o Estado da Bahia para a venda de 40 vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Os vagões foram adquiridos para atenderem o modal que ligaria Cuiabá a Várzea Grande, a partir da Copa do Mundo de 2014, mas que sequer foram utilizados, devido a falta de conclusão das obras de mobilidade.
Agora, o Governo do Estado, sob gestão de Mauro, tenta se desfazer do maquinário, já que está implantando Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), que considera mais eficiente e mais barato. Nesta quinta-feira (21), o governador pontuou que o Tribunal de Contas da União (TCU) tem atado como articulador para que as negociações sejam concluídas, repassando à cidade de Salvador todos os vagões.
“Existe uma negociação, que o TCU chamou para colaborar, embora não seja papel deles, reconhecem isso, mas estão colaborando, fazendo uma mediação e ajudando a construir uma solução. Existe um interesse do Governo da Bahia e nós temos lá, um grupo de trabalho designado para cuidar disso”, confirmou o gestor.
Mauro frisou ainda que o objetivo do Governo de Mato Grosso é solucionar um problema que gerou problemas estruturais, financeiros e sociais, com morte de muitas pessoas, provocadas pelas obras não concluídas. “Nós temos interesse em solucionar o problema e recuperar o dinheiro que foi aplicado indevidamente neste modal”, acrescentou.
As obras licitadas em 2012, para a construção e instalação, ficaram na ordem de R$ 1,4 bilhão. Entretanto, nunca foram concluídas, deixando o mega investimento parado, como por exemplo, os vagões acomodados em Várzea Grande. Para tentar reaver parte dos valores, Mato Grosso chegou a acionar a empresa dona dos vagões, para que recolhesse o maquinário e ressarcisse o Estado, no entanto, a Justiça Federal não acatou o pedido.
A mudança de modal segue sendo um grande impasse na Capital, já que o prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), resiste à ideia e aponta “retrocesso” com a possível utilização do BRT. Ele é critico ainda ao que classifica como “falta de projeto” do Governo do Estado para o andamento das obras do novo modal.
Fonte; RD News