As obras para implantação do Ônibus de Transporte Rápido (BRT), na Avenida Couto Magalhães em Várzea Grande, seguem suspensas por tempo indeterminado. A Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) irá desenvolver três estudos para destravar a situação.
A suspensão aconteceu após comerciantes e moradores da região reclamarem dos transtornos que a implantação do novo modal vai causar na região.
Nesta segunda-feira (04) o prefeito do município Kalil Bracat (MDB), acompanhado do senador Jayme Campos (União Brasil), se reuniram com o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o secretário da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo Padeiro para tratar do assunto.
Segundo Jayme, os comerciantes estão traumatizados com o que aconteceu na Avenida da FEB, onde várias empresas fecharam após o início e a paralisação da principal obra da Copa do Mundo de 2014, o Veículo Leve Sob Trilhos (VLT).
“Nós colocamos ali o sentimento dos comerciantes que estão ao longo da Avenida Couto Magalhães, existe uma preocupação, até porque eles estão traumatizados com o que aconteceu na Avenida da Feb, que está há 13 anos, lamentavelmente, com aquele marasmo que foi criado e trouxe sério prejuízos para o comércio. Alguns chegaram até a fechar, quebrar e falir, mas isso não vai acontecer na Couto Magalhães”, afirmou.
Para os empresários, as obras do BRT, que precisarão de drenagem e a construção de uma pista de concreto do lado direito da avenida, espantariam a clientela, que teria dificuldade não apenas de estacionar, mas também de acessar o comércio.
Na reunião, ficou definido a realização de três estudos pela Sinfra, que em seguida serão apresentados à população da cidade.
A primeira ideia prevê a continuidade do trajeto inicial, com o modal passando pela Av. Couto Magalhães, na região do centro comercial, mas sem que o asfalto seja retirado para a concretagem da pista. No caso, seria feito somente um reforço asfáltico na via, levando o corredor de ônibus até ao terminal.
Outra alternativa é que o BRT passe somente pela Filinto Müller, nos dois sentidos, indo e voltando do terminal.
A última proposta, essa posta à mesa pelo prefeito Kalil, é a construção do terminal do BRT onde seria o terminal do VLT, próximo ao aeroporto, o que mudaria o percurso dos ônibus, fazendo o corredor ficar somente na Av. da FEB até a área onde hoje ficam os vagões do VLT.
Em entrevista, Kalil explicou que compreende a preocupação da classe empresarial, mas que é preciso pensar também nos usuários do transporte público.
“Temos que olhar os dois lados da moeda, tanto a classe empresarial que gera renda e emprego, mas também a classe trabalhadora que utiliza o transporte público e que merece o transporte público de qualidade. Por isso estamos tendo essa reunião com o governador Mauro Mendes”, disse.
A expectativa é que a definição sobre a obra saia até o final do mês.
Fonte: Repórter MT