As Escolas Técnicas Estaduais de Mato Grosso (ETE´s) atingirão o dobro de pessoas em busca de profissionalização até 2018, quando 16 escolas estarão funcionando em todas as regiões do Estado. Desde 2012, aproximadamente 25 mil pessoas já se formaram, com recursos junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na ordem de R$ 45 milhões.
Hoje, nove escolas ofertam cerca de 50 cursos, sendo que a de Cuiabá funciona no prédio da Escola Pública da Saúde, enquanto o prédio próprio é construído no bairro Carumbé. Além da sede de Cuiabá, outras sete Escolas Técnicas estão sendo construídas.
Graças a uma força-tarefa comandada pelo governador Pedro Taques, a Secretaria de Ciências e Tecnologia do Estado (Secitec) conseguiu garantir recursos para terminar as obras, que estavam paradas desde 2009.
“Corremos um grande risco de perdermos esses recursos, porque a administração anterior não deu continuidade às obras. Vários prédios já estão com os alicerces feitos, mas não passou disso. Com exceção da ETE de Matupá, todas as outras precisaram de uma nova licitação para sair do papel”, explicou Fátima Possamai, superintendente de Ensino Tecnológico da Secitec.
Nove escolas técnicas estão em funcionamento em Mato Grosso: Alta Floresta, Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças, Diamantino, Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde, Poxoréo e Cuiabá (temporariamente na Escola Pública de Saúde). Já estão com ordem de serviço emitidas as ETE de: Água Boa, Primavera do Leste, Campo Verde e Juara. Em Sorriso, a licitação está em andamento.
Cáceres e Matupá são as sedes em que a construção das escolas técnicas estão mais avançadas. A ETE Matupá recebeu a visita do governador Pedro Taques no último sábado (10.09) que, aproveitando a realização da Caravana da Transformação em Peixoto de Azevedo, constatou que a obra já segue em fase final. Cerca de 70% da construção está concluída.
Em Cuiabá, a obra da sede própria também segue acelerada, com aproximadamente 60% de conclusão. “As escolas têm um padrão muito elevado, que ainda não existia em Mato Grosso. São 12 salas, seis laboratórios, biblioteca com dois pisos e quadra coberta. Também já estamos começando a pensar em parcerias para a mobília”, explica Fátima Possamai.
Cursos
As nove escolas técnicas em funcionamento atualmente têm 46 cursos em andamento, com turmas de até 40 pessoas. Há cursos mais curtos, os chamados FIC (Formação Inicial e Continuada) e cursos técnicos, que vão de 800 a 1.200 horas/aula.
As ETE de Alta Floresta e de Sinop são as que oferecem mais cursos, chegando a mil alunos em cada, atualmente. “O mais procurado é o curso de Agropecuária. Temos inúmeros casos de alunos que, antes mesmo de terminarem o curso, já estão empregados. Também costumamos fazer as formaturas e, no mesmo evento, eles assinam a carteira de trabalho com alguma empresa da região”, conta Fátima.
Outro polo que se tornou referência em formação tecnológica é a ETE Poxoréu. Lá, é realizado o Dia do Campo, evento anual que reúne mais de mil pessoas entre alunos, instituições de ensino tecnológico, médio e superior, além de empresas da região. “Na ETE de Poxoréu, eles trocam experiências e conhecem as novas técnicas de trabalho no campo. Se tornou um referencial para este setor na região.”
Os cursos são escolhidos conforme a demanda de cada região. A previsão é que em 2017 haja nova pactuação com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e mais cursos serão ofertados.