A modelo cuiabana Yasmin Andrade, de 26 anos, sofreu um acidente neste sábado (29) na cidade de Cuernavaca, no México, enquanto praticava o esporte aquático wakeboard.
A mãe de Yasmin, Ana Maria Andrade, contou ao g1 que a filha sofreu uma queda durante a prática e a prancha utilizada bateu na perna da modelo, ocasionando a quebra do fêmur. Ana Maria reforça que a filha não estava embriagada e que o acidente foi uma fatalidade.
A jovem está consciente e não teve fratura exposta. Ela foi levada para uma unidade saúde privada. Por ser imigrante, Yasmin não tem direito a assistência médica pública do México.
Segundo Ana Maria, a modelo já gastou cerca de R$10 mil somente no transporte até o hospital. Além disso, a cirurgia que Yasmin precisará fazer custa em média R$25 mil. Fora os demais custos com a internação.
A mãe ainda não sabe quanto tempo a filha ficará internada, mas relata que ela precisará ficar, no mínimo, dois meses imobilizada.
Os familiares, amigos e a companheira de Yasmin estão se mobilizando nas redes sociais para arrecadar doações para custear o tratamento.
Yasmin mora no México há quatro anos e meio e a dois vive somente com o dinheiro arrecadado como modelo.
Modelo cuiabana quebra o fêmur em acidente no México e familiares pedem ajuda para custear tratamento. — Foto: Divulgação
Carreira
Estudante e ex-garçonete cuiabana virou modelo no Caribe, no México — Foto: Divulgação
Em Cuiabá, Yasmin era estudante de engenharia florestal na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), trabalhou como garçonete, fazia trabalhos de freelancer em eventos e animação em festa de crianças.
A jovem conta que lutava contra esse estereótipo do que é considerado belo e que, no México, foi convidada por uma empresa para testar produtos em pele negra.
Yasmin aprendeu espanhol e estuda inglês para conseguir ampliar os contatos. Ela também revelou que por se dedicar muito para o setor, abriu uma pequena empresa, com a namorada, voltada ao turismo para brasileiros, em orientar as pessoas que buscam ter experiências nos lugares que viajam.
Yasmin disse que uma das diferenças que percebeu no trabalho dela no exterior é que lá a identidade de mulher negra e cabelo afro foi supervalorizada e seus trabalhos sempre foram acionados por ser negra, pois o mercado busca esse perfil para desfiles e trabalhos locais.
Fonte: G1 MT