Mato Grosso registrou 22.706 casos prováveis e confirmou 15 mortes provocadas por dengue, desde 1º de janeiro até o dia 13 de julho deste ano.
Comparado ao boletim anterior, divulgado em 19 de junho passado, houve um aumento de 50% no número de pessoas que perderam a vida em decorrência da doença no Estado, onde há ainda oito óbitos em investigação.
No documento de nº 9 da Secretaria de Estado de Saúde, eram contabilizados 21.230 casos prováveis e 10 vítimas fatais em decorrência da enfermidade.
Atualmente, 74 dos 141 municípios mato-grossenses apresentam alto risco de contaminação para a dengue, arbovirose que, assim como a zika e chikungunya, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Entre essas cidades com a classificação de alto risco, estão Tangará da Serra, com 812 casos e taxa de incidência de 754,4 para 100 mil habitantes; e Rondonópolis, com 1.880 notificações e incidência de 784,6/100 mil pessoas.
Já Cuiabá e Várzea Grande apresentam médio risco de transmissão, com incidência de 181,2/100 mil e 221,1/100 mil, respectivamente.
Os óbitos confirmados ocorreram em Canabrava do Norte, Colíder, Diamantino, Gaúcha do Norte, Guarantã do Norte, Juína, Marcelândia, Nova Santa Helena, Poxoréo, Sapezal, Sinop, Primavera do Leste e Rondonópolis, estes dois últimos com duas vítimas fatais cada.
Na capital, há uma morte em investigação.
Em junho passado, o radialista Edson Pires morreu por complicações de dengue, que resultou em um infarto, aos 81 anos.
Quanto a zika e a chikungunya, o Estado registra baixo risco de transmissão para as duas doenças.
No mesmo período deste ano, são contabilizados 445 casos de zika e 268 notificações de chikungunya.
De acordo com a Secretaria de Saúde, essas doenças são de notificação compulsória e todos casos suspeitos de dengue devem ser notificados e investigados, sendo os casos de dengue com sinais de alarme, grave e óbitos comunicados imediatamente ao órgão estadual e à Vigilância Epidemiológica (VE) em até 24 horas, para acompanhamento e auxílio na conduta e conclusão dos casos.
A prevenção é simples e muita gente já decorou: é necessário evitar depósitos com água parada, para que não haja proliferação do Aedes aegypti.
Mesmo assim, os principais criadouros do mosquito ainda são encontrados nos quintais das residências, em baldes sem tampa, vasilhas, pratos de plantas e caixas d’água destampadas.
E, mesmo no período de estiagem, as ações não devem parar.
As autoridades públicas em vigilância em saúde e epidemiológica orientam que é importante que cada um reserve alguns minutos durante a semana para fazer uma inspeção no seu imóvel, principalmente, no quintal e eliminar os criadouros.
Fonte: Diário de Cuiabá