O governo dos Estados Unidos negou o pedido de extradição em nome da 1ª Vara Federal de Sinop (479 km de Cuiabá) contra os pilotos que conduziam o jato Legacy, responsável pelo acidente e queda de um Boeing da Gol nas proximidades da reserva indígena do Xingu (692 km da Capital), em 2006. À época, os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino foram condenados pela Justiça brasileira por provocar o acidente, que deixou 154 mortos. Os dois conseguiram fazer um pouso de emergência e saíram ilesos.
De acordo com matéria publicada pelo jornal ‘O Globo’, o governo americano confirmou a recusa em 5 de maio, por meio da Secretaria Nacional de Justiça. “Embaixada dos EUA transmitiu informação de que o governo daquele país não deu seguimento ao pedido por entender que os crimes não encontram amparo no Tratado Bilateral de Extradição entre Brasil e EUA”, disse o comunicado publicado pelo periódico.
Segundo a imprensa nacional, a Justiça Federal analisou que as infrações cometidas pelos pilotos foram determinantes para o acidente e pediu a prisão dos dois, condenados a três anos de prisão em regime aberto. O processo não cabe recurso contra a condenação desde 2015.
O CASO
O voo ‘1907’ da Gol fazia o trajeto Manaus-Brasília, tendo o Rio de Janeiro como destino final. Acontece que, no fim da tarde de 29 de setembro de 2006, uma sexta-feira, o jato da empresa Excel Air pilotado por Paladino e Lepore bateu na asa esquerda do Boeing 737-800, fazendo com que o avião caísse no norte de Mato Grosso, próximo à divisa com o Pará.
Na matéria do O Globo, o jornal cita a colisão como ‘a maior tragédia da aviação brasileira’.
Entre as vítimas, estava um bebê de 11 meses que viajava com a mãe. No avião também estavam outras quatro crianças, de até 12 anos, dois cientistas da Fundação Oswaldo Cruz, médicos, funcionários do Inmetro e um grupo de amigos capixabas que viajaram para pescar. (HNT/O Globo)
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