Bernardo Viana Goulart, de 3 anos, morreu acometido por pneumonia grave ao ser transferido para Sorriso (397 km de Cuiabá), por falta de leitos de UTI pediátrica em Sinop (479 km de Cuiabá). A criança chegou a ser atendida em unidades de saúde da cidade, mas precisou de cuidados e tratamento de alta complexidade e foi transferida para o Hospital Regional de Sorriso, onde morreu neste domingo (9).
Em 2023, já são três casos de crianças na mesma faixa etária que morrerem por falta do leito hospitalar especializado em Sinop.
Conforme informações da Secretaria de Saúde de Sinop, na primeira semana deste mês, a família do menino buscou, pelo menos por três vezes, atendimento médico para a criança na cidade. Em nota, a Pasta informou que, nos dias 1º e 2 de julho, o menino foi atendimento pela equipe médica da Policlínica Menino Jesus, com alegações de sintomas gripais, associado a dores abdominais, sendo medicado e liberado com a recomendação de seguir com tratamento medicamentoso e profilático, contidos em receituário.
No dia 4 de julho, a criança precisou de novo atendimento e retornou à Policlínica Menino Jesus, de onde foi foi encaminhada para a UPA 24 horas, para fazer exames laboratoriais e de imagem. A Secretaria de Saúde informou que o resultado dos exames apontou necessidade de cuidados e tratamento de alta complexidade, “o que compete ao Estado”, frisou em nota.
Bernardo foi mantido internado no leito semi-intensivo da própria Unidade de Pronto Atendimento de Sinop até a liberação de uma vaga em uma das unidades hospitalares do Estado, que só ocorreu dois dias depois, na quinta-feira (6). A criança foi encaminhada para o Hospital Regional de Sorriso, onde morreu neste domingo.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) informou que o paciente foi transferido para o Hospital Regional de Sorriso já em estado grave, com desconforto respiratório evidente e necessidade de oxigênio. Em relação aos leitos pediátricos do Hospital Regional de Sinop, a SES informou, em nota, “que a gestão do hospital trabalha para colocá-los em funcionamento o quanto antes, tendo em vista que a empresa vencedora da licitação não cumpriu com os requisitos contratuais”. (HNT)
