Após a decisão que cancelou o processo licitatório de concessão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, o governador Mauro Mendes (União) vai tentar convencer o presidente Lula (PT) a passar a administração do local para o Governo de Mato Grosso.
Para isso, ele pretende destacar que o Estado já administra concessões de trechos de duas rodovias federais. Mauro tenta desde a gestão de Jair Bolsonaro (PL) trazer para o governo a gestão do atrativo, ressaltando a possibilidade de crescimento turístico na região, além de injetar mais recursos para preservação do local do que estava previsto em edital.
“Agora, cabe ao Governo Federal três caminhos, tão somente. Número um, não fazer licitação, ficar tudo como está, ficar cuidando do parque. Número dois, fazer nova licitação, e aí, se decidir, o MTPAR [MT Participações e Projetos S/A] vai participar novamente. E número três, é aquilo que nós estamos pedindo, que é fazer uma delegação de competência e passar para o Estado do Mato Grosso cuidar desse parque, assim como nós estamos fazendo com a BR-174, que era uma BR federal e passou para o Estado, já está lá em uma obra andamento, a BR-163, a questão da ferrovia”, complementou.
Na semana passada, por unanimidade, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou o cancelamento do edital do processo licitatório de contratação de concessão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães que foi concedido para iniciativa privada.
Os ministros da Corte acompanharam o voto do relator do processo, ministro Vital do Rêgo, que identificou erro no documento licitatório. Vital deu o prazo de 15 dias para que o Instituto Chico Mendez de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) corrigisse o erro e republicar o edital.
Desde o ano passado, o governador vem reclamando do processo, dizendo que chega a ser ridículo os investimentos anunciados pela empresa vencedora do leilão, com a que foi sugerida pelo Estado. De acordo com Mendes, a empresa iria investir R$ 18 milhões em 30 anos, diferente do que o governo propôs, de em quatro anos aplicar R$ 200 milhões no parque.
Fonte: Estadão de MT