A Gerência de Operações Especiais (GOE) da Polícia Judiciária Civil iniciou, nesta semana, o 1º Estágio de Técnicas Policiais para habilitar operadores que irão compor o Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra). Uma turma de doze policiais civis (onze investigadores e um escrivão) pertencentes à Regional de Alta Floresta está sendo capacitada para atuar na unidade, que será instalada para o pronto emprego de ocorrências complexas no polo.
O curso começou na segunda-feira (15.08) e segue até sábado (20). O foco é nivelar o conhecimento, preparando os investigadores que irão atuar no Garra de Alta Floresta.
No treinamento ministrado por instrutores do GOE e dois policiais da Regional de Alta Floresta, o policial recebe técnicas para uso de submetralhadora ponto 40; cababinas 5.56; pistola 40 e espingarda 12; entrada tática em ambientes confinados (CQB); reação contra emboscada; sobrevivência policial; técnicas não letais de uso diferenciado da força; gerenciamento de crise e atendimento pré-hospitalar.
O delegado do Goe, Ramiro Mathias Ribeiro Queiroz, disse que o estágio de operador do Garra tem 60 horas e deverá preparar o policial para atendimento das ocorrências de alto risco na região. “Poderá prestar apoio para outras regionais dentro do padrão que estamos preparando esses policiais”, afirmou.
O chefe de operações do GOE e instrutor, investigador Edcarlos da Silva Campos, informou que o curso é realizado em vários pontos de Alta Floresta, como o stand de tiros da Polícia Militar, para as instruções de tiro, e sala de uma escola para as aulas teóricas. São 60 horas com aulas de manhã, à tarde e à noite. “Esse curso não é para qualquer policial. Antes foi feita uma seleção com teste de aptidão física, e agora o treinamento. O policial precisa estar preparado fisicamente e psicologicamente”, disse.
O delegado regional de Alta Floresta, Rodrigo Bastos, informou que na localidade o Garra será coordenado pelo delegado Carlos Francisco de Morais, que também ministra aulas no curso. “Esse grupo será usado no ostensivo do dia a dia, nas operações policiais e também nas investigações”, explicou Bastos.
O regional ressaltou a necessidade do grupo especial na região devido aos conflitos agrários, ambientais relacionados a garimpos, em que há pessoas armadas, e também aos roubos a bancos e explosões de caixas eletrônicos. “Temos essas questões que precisamos deslocar rapidamente um grupo especializado para atuação”, finalizou.
O Garra está vinculado a Gerência de Operações Especiais (GOE), da Diretoria de Atividades Especiais (DAE), e será empregado em ações de repressão à criminalidade, no atendimento, principalmente, ao roubo, sequestro em andamento, e outros crimes graves ou de repercussão que lhe forem demandados, na região metropolitana e interior de Mato Grosso.
A diretora de Atividades Especiais, Maria Alice Barros Martins Amorim, destacou que o processo de implantação do Garra obedece uma série de procedimentos, dentro de uma doutrina própria. O grupo terá armamento especial, uniforme diferenciado do GOE e viaturas caracterizadas. “Estamos capacitando para instalar os grupos em oito regionais, inicialmente começamos por Alta Floresta, seguida de Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças e Cuiabá”, declarou.