A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o secretário-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, cancelaram nos últimos minutos a viagem a Mato Grosso, para participar do evento programado pelo Governo Federal para discutir o Plano Plurianual (PPA) participativo. A sessão plenária aconteceu nesta quinta-feira, 15 de junho, na Assembleia Legislativa, mesmo sem os ministros.
Em nota, o governo explicou que, devido ao prolongamento de uma reunião ministerial no Palácio dos Planaltos, os ministros não puderam comparecer ao encontro em Mato Grosso.
Mesmo com a ausência de ambos, o encontro foi realizado no Teatro Zulmira Canavarros, anexo à Assembleia Legislativa, com a secretária do Planejamento do Ministério do Planejamento, Leany Lemos, o secretário especial da Presidência, Valtenir Pereira, e o presidente do PT em Mato Grosso, deputado estadual Valdir Barranco.
“As demais plenárias da quarta rodada presencial do PPA Participativo, nos estados de Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Amapá, estão mantidas e serão realizadas de acordo com a programação”, diz trecho da nota encaminhada à imprensa.
Valtenir Pereira destacou que a ausência dos ministros não prejudica o debate do orçamento para os próximos anos. Ele ressaltou que o grande objetivo era reunir a população e debater propostas de políticas públicas que atendam na ponta.
“O mais importante não é a presença dos ministros aqui em Mato Grosso, claro que queremos, mas o mais importante é ouvir as propostas da população de Mato Grosso que vai estar inserida na plataforma e, a partir de então, as pessoas podem fazer a votação, uma escolha dessas propostas”, disse.
A secretária do Planejamento, Leany Lemos, comentou que, até o último final de semana, mais de 200 mil pessoas entraram no site do Governo Federal e fizeram a votação das melhores propostas populares apresentadas até o momento. Segundo ela, a plataforma virtual contém mais de 12 mil projetos. Os mais votados estarão na mensagem que será encaminhada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Congresso.
“Até o dia 14 de julho, a gente está com a plataforma aberta, todas as propostas apresentadas aqui, pelos movimentos, serão transformadas em propostas. Eles poderão mobilizar os movimentos, as pessoas, suas redes, o WhatsApp”, explicou.
“Após esse processo, aquelas que são mais votadas, a gente vai analisar por eixos diferentes e vamos fazer, nós do Planejamento, a intervenção com os dados financeiros, levando essas propostas para que possam ser incorporadas. Algumas poderão ser como programas, que é algo mais genérico, onde você tem a grande concentração, e outras como metas, como entregas. Essa parte técnica nós que vamos fazer, mas isso vai ser analisado depois do dia 14, até a primeira semana de agosto, para que no dia 31 de agosto entregue o projeto de lei ao Congresso Nacional”, complementou.
Fonte: Estadão de MT