A Prefeitura de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá) divulgou uma nota informando que a paciente Marciele de Pinho Silva, que foi picada por uma jararaca no município, foi transferida para Hospital Municipal de Cuiabá sem dor e conversando. A mulher morreu na quinta-feira (4), depois de ser transferida para Cuiabá, vítima do veneno do animal que a picou enquanto recolhia a roupa do varal.
Na nota de esclarecimento, a gestão informou que a mulher deu entrada no box de emergência da UPA Frei Osvaldo às 6h15 de quarta-feira e foi imediatamente atendida. Às 6h26, ela estava devidamente medicada, seguindo os protocolos que requer um acidente com serpentes.
O médico que atendeu o caso afirma que a medicação ministrada à paciente foram oito ampolas de Soro Antibotrópico pentavalente. Também foi realizada a sensibilização, com uso dos medicamentos Fenergan e Hidrocortisona, e analgesia de dor (Dipirona, Tramadol). A paciente ainda chegou ao local com a pressão muito alta e também foi medicada.
“Por ser tratar de uma UPA, a recomendação médica foi fazer a regulação da paciente, pelo sistema SUS, para ser transferida para o HMC – Hospital Municipal de Cuiabá, que tem estrutura de internação e tratamento”, diz trecho da nota.
A regulação da paciente foi atendida às 10h, na segunda tentativa, já com outra médica de plantão. “A paciente fez todo o descolamento entre as unidades de saúde acompanhada pela médica, Dra. Maria Carolina, e uma enfermeira. O quadro de saúde da paciente era estável. A paciente estava sem dor e conversando”, diz outro trecho. A paciente deu entrada no HMC às 10h45.
A secretária municipal de Saúde de Chapada, Rosa Blanco, chama a atenção da população para a importância de se fazer os procedimentos corretos após acidente envolvendo animais peçonhentos. Caso a pessoa seja picada, a orientação é não prender a circulação do local. A orientação também é para que a pessoa não se movimente, já que quanto mais se movimenta, mais circula o sangue com o veneno da serpente.
Confira a nota na íntegra:
“Quanto ao caso da paciente Marciele de Pinho Silva, de 36 anos, moradora de Chapada dos Guimarães, que veio a óbito após ser picada por uma cobra jararaca (rabo-de-osso), a Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães informa:
– Conforme relatado pelo médico Dr. André Alessandro Guadagnin, Marciele de Pinho Silva deu entrada no box de emergência da UPA Frei Osvaldo às 6h15, na manhã do dia 03 de maio (quarta-feira). A paciente foi imediatamente atendida, e às 6h26 foi devidamente medicada, seguindo os protocolos que requer um acidente com serpentes;
– O médico afirma que a medicação ministrada à paciente foi 08 (oito) ampolas de Soro Antibotrópico, pentavalente. E que foi feita a sensibilização, com uso dos medicamentos Fenergan, Hidrocortisona, e analgesia de dor (Dipirona, Tramadol);
– Dr. André Guadagnin também esclarece que a paciente deu entrada na unidade de saúde com 240 mmHg de pressão, considerada muito alta. Mas, que foi medicada e dado todo o suporte imediato;
– Por ser tratar de uma UPA, a recomendação médica foi fazer a regulação da paciente, pelo sistema SUS, para ser transferida para o HMC – Hospital Municipal de Cuiabá, que tem estrutura de internação e tratamento;
– O médico, Dr. André Guadagnin, pontua que tentou fazer a regulação da paciente para atendimento em Cuiabá às 6h45. Mas, que neste momento não foi atendido pela Central de Regulação;
– Em seguida, houve a troca do plantão médico, e o caso passou a ser acompanhado pela médica Dra. Maria Carolina Ferreira Foz Persiani;
– A médica, Dra. Maria Carolina, fez nova tentativa de regulação e obteve êxito. Às 10h, a paciente deixou a UPA Frei Osvaldo e foi levada para o HMC, para ser submetida a exames;
– A paciente fez todo o descolamento entre as unidades de saúde acompanhada pela médica, Dra. Maria Carolina, e uma enfermeira. O quadro de saúde da paciente era estável. A paciente estava sem dor, e conversando;
– A paciente deu entrada no HMC às 10h45;
– A secretária municipal de Saúde, Rosa Blanco esclarece que todo o medicamento ministrado à paciente e os protocolos que requer um acidente com serpentes foram adequados;
– Rosa Blanco também informa que a UPA de Chapada dos Guimarães conta com os principais soros antipeçonhentos, e outros. Entre eles, os soros antibotrópico, anticrotálico, antiescorpiônico, antiaracnídico, antirrábica e antitetânico;
– Segundo Rosa Blanco, o óbito registrado por acidente com serpente em Chapada dos Guimarães é um caso isolado. E que, esporadicamente, casos semelhantes são atendidos pela UPA e os pacientes são devidamente tratados, sem registro de óbito. Que se trata de uma fatalidade. Mas, que o caso deve ser investigado;
– A secretária chama a atenção da população para a importância de se fazer os procedimentos corretos após acidente envolvendo animais peçonhentos. “Sendo picada, não garrotear o local, pois é uma cultura do povo garrotear o paciente (é o mesmo que colocar um torniquete, uma borracha, faixa de gaze amarrada ou mesmo cinto em algum membro do paciente). Não se movimentar, tentar pedir ajuda e ficar deitada. Pois, quanto mais se movimenta, mais circula o sangue e o veneno da serpente. A vítima precisa ficar calma, e o mais rápido possível buscar ajuda médica. Nossa UPA está 24 horas de portas abertas, e com toda a medicação e médicos disponíveis”, disse Rosa Blanco;
– A Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães reafirma que a equipe da saúde responsável pelo atendimento fez todos os procedimentos necessários para salvar a vida da paciente. Se solidariza com os familiares, e lamenta pelo falecimento.”
(Com assessoria) Fonte: HNT
