Juiz nega soltar acusado de ser ‘lojista’ do Comando Vermelho

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O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia Freitas Bezerra, manteve a prisão de Lucas Gonçalves de Oliveira, conhecido como “Vudu”, acusado de ser membro da facção criminosa Comando Vermelho e atuar no tráfico de drogas.

Lucas foi preso na Operação Leyenda, deflagrada em abril de 2022, em Guarantã do Norte. Ele foi apontado como dono de uma boca de fumo, além de suposto executor de ordens de torturas e homicídios de líderes da organização criminosa.

A defesa acionou a Justiça solicitando a revogação da prisão preventiva, alegando ausência de materialidade com relação ao delito de tráfico de drogas. Ela também pediu a aplicação de medidas cautelares.

O magistrado apontou que o acusado já era objeto de investigação pela Polícia Civil e pelo Ministério Público desde o início da Operação Leyenda.

O juiz também expôs que durante as investigações diversas provas fundamentaram o mandado de prisão contra Lucas, incluindo conversas extraídas aparelhos celulares, anotações e entorpecentes advindos de apreensões, interrogatórios, dentre outros indícios.

Ele ainda foi apontado como “lojista”, responsável por desempenhar o papel significativo na comercialização de entorpecentes, sendo responsável pela entrega de drogas ilícitas para o consumidor final.

Ainda segundo os relatórios da investigação, o nome “Vudu” aparece tanto na lista de distribuição de drogas constante no grupo “Gestão Inteligente” quanto nas anotações encontradas na casa de um homem identificado como “Samurai”, considerado o líder da organização criminosa.

Com todos esses apontamentos, o magistrado entendeu que há materialidade suficiente para manter a prisão preventiva.

“Ainda que se admitisse o pedido da defesa como premissa verdadeira e se diminuísse a quantidade de entorpecentes atribuída a Lucas, os fundamentos da prisão preventiva seguiriam vigendo, uma vez que há indícios suficientes de sua participação no Comando Vermelho”, afirmou.

Fonte: Midianews