O jornalista Juvenilson dos Santos Martins, 38 anos, o Mister Tripa, que foi preso em Peixoto de Azevedo (691 km de Cuiabá), acusado de fazer parte de uma facção criminosa, foi denunciado pelo Ministério Público (MPE) em outro processo, sob acusação de promover
sorteio ilegal do chamado “Nortão Pix”, que ofereceu prêmio de R$ 2,5 mil.
A ação, sobre jogos de azar, tramita desde o dia 1º de fevereiro deste ano no Juizado Especial Cível e Criminal de Peixoto de Azevedo.
Detalhes sobre a acusação apresentada pelo MPE contra o jornalista foram divulgados pelo site VG Notícias. Conforme os autos, Mister Tripa fez um sorteio de R$ 2,5 mil, que era oferecido para os cotistas que pagassem R$ 5.
Mister Tripa era quem estava divulgando nas redes sociais o Nortão Pix e declarou que é diretor/representante da franquia. Ainda segundo ele, o sorteio ocorria de forma quinzenal e pessoas interessadas em adquirir as cotas deveriam entrar no site, escolher os números e efetuar o pagamento. Um vídeo divulgado nas redes mostra Jovenilson divulgando o sorteio.
No dia 30 de janeiro, a Polícia Judiciária Civil recebeu a denúncia, e abriu investigação para apurar o caso. O inquérito foi encaminhado ao promotor Marlon Pereira Rodrigues, que denunciou “Mister Tripa”, pela prática de promover loterias sem autorização legal.
Conforme o Código Penal, a pena prevista no caso de condenação de Juvenilson é de seis meses a dois anos de prisão, mais o pagamento de multa.
A petição de denúncia foi juntada nos autos no dia 2 deste mês e o processo está concluso para despacho.
PRESO POR INTEGRAR FACÇÃO
Na última segunda-feira (8), Juvenilson dos Santos foi preso numa força-tarefa entre Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, durante a 2ª fase da Operação Dissidência, para cumprimento de 12 mandados de prisão em cidades da região Norte do Estado. Os policiais investigam integrantes de facções criminosas envolvidos em homicídios, torturas e tráfico de drogas.
De acordo como o delegado Antonio Rocha Freire, que comanda as investigações, Miter Tripa fazia o transporte de drogas para Cuiabá em um veículo da imprensa. Por ser jornalista e constantemente se deslocar a Cuiabá em um carro da imprensa, Juvenilson alegava aos parceiros que “dificilmente seria parado por viatura policial”.
Nas investigações, segundo o delegado, ficou claro que Juvenilson fazia parte da facção Tropa Castelar como informante da organização criminosa. “Vale ressaltar que um dos alvos presos tinha participação importante para uma das facções criminosas onde ele sedia um veículo da imprensa para transportar ilícitos e assim se furtar [escapar] da fiscalização policial”, destacou Freire.
Fonte: Folhamax
