Durante a “Operação Gênesis”, da Polícia Civil, foram cumpridos 97 mandados de prisão de busca e apreensão contra uma organização criminosa responsável por aplicar golpes virtuais. Além das prisões e buscas, também são realizados bloqueio e sequestro de bens e valores dos investigados.
A ordens judiciais são cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Cáceres, com o auxilio de 180 policiais.
O inquérito, que originou a operação, foi instaurado após a informação de que um dos investigados, que mora no Bairro Despraiado, em Cuiabá, aplicava diversos golpes na modalidade fraude eletrônica.
Para executar o crime, o suspeito recrutava pessoas que abriam contas bancárias e, depois, ele passava a administrá-las, instalando aplicativos de bancos no próprio telefone. O dinheiro dos golpes era depositado nessas contas e, na sequência, era sacado ou transferido pelo próprio golpista ou por comparsas.
Em julho de 2022, a polícia realizou buscas, onde diversos aparelhos eletrônicos foram apreendidos. Os conteúdos foram analisados pelo Núcleo de Inteligência da delegacia e resultaram em material que deu base à “Operação Gênesis”.
Durante o inquérito, foi constatada a ocorrência de outros delitos de estelionato que fizeram vítimas em vários estados. Entre elas, os policiais identificaram 19 vítimas que tiveram cerca de R$ 1 milhão roubado.
Crime em MT
Dados do Observatório de Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) indicam que, em Mato Grosso, no primeiro semestre de 2021, os casos de estelionato aumentaram 19% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No estado houve 7.491 casos registrados entre janeiro e junho de 2021 e 6.309 no mesmo período de 2020.
“A digitalização das finanças, potencializada pelos últimos anos de pandemia da covid e criação do Pix, fez nascer um ambiente propício para o alto crescimento dos crimes patrimoniais no ambiente digital, dando especial destaque aos delitos de fraude eletrônica e furto mediante fraude”, explicou o delegado o delegado Pablo Carneiro.