O vereador Dilemário Alencar (Podemos) recebeu com espanto a notícia de que a vereadora Edna Sampaio (PT) demitiu do gabinete dela, uma servidora grávida, visto que a parlamentar sempre pregou que é defensora das mulheres, dos negros e dos pobres.
“Por mais que a vereadora Edna tente explicar que a demissão não foi ilegal, no fundo ela sabe que errou feio, pois não é ético e moral demitir uma mulher gestante. Portanto, não tem explicação, pois ao fazer a demissão, a vereadora como agente público passou um indicativo muito ruim para a sociedade. Imagina se vira moda o patrão se arvorar do direito da indenização e demitir toda funcionária que ficar sabendo que está grávida?”, questionou Dilemário.
O vereador pontuou que Edna, ao invés de fazer a Câmara Municipal usar dinheiro público para pagar uma indenização de mais de R$ 70 mil, deveria ter feito o contrário, apoiado e acolhido a servidora nesse momento tão sensível e sublime, que é o da gravidez.
“Ela deveria ter agido dentro do espírito da lei que dá estabilidade à mulher gestante. Como não teve esse desprendimento, sugiro que coloque a mão na consciência e devolva os mais de R$ 70 mil que a Câmara Municipal pagou de indenização. É o mínimo que ela deveria fazer, pois a indenização só ocorreu por culpa exclusiva da vereadora, visto que, demitiu uma mulher gestante”, cobrou Dilemário.
A servidora Laura Abreu, que foi demitida, é uma mulher negra da periferia, moradora do bairro Altos da Serra. Trabalhou no gabinete da vereadora Edna menos de quatro meses. Foi contratada em 12 de setembro de 2022, mas em 2 de janeiro deste ano, ao dar conhecimento à vereadora que estava grávida, foi demitida.
“Flagrantemente, a vereadora Edna Sampaio cometeu ato imoral e injusto. Com isso atacou todas as mulheres. Defendo que a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal deva ser provocada contra essa atitude da vereadora. Entretanto, não penso representar a vereadora neste momento, visto que ela mais vez vai se posar de vítima e falar que eu estou a perseguindo, como é peculiar de seu comportamento”, concluiu o vereador Dilemário Alencar.