Cuiabá tem aumento de 200% em casos de picada de escorpião

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Entre 2020 e 2022, Cuiabá viveu um aumento de 200% no número de acidentes envolvendo escorpiões. Os dados são do Centro de Informações Antiveneno Ciave), que
reúne os registros de todas as pessoas que foram picadas e procuraram ajuda médica.

Em 2020, foram 179 casos. Nos anos seguintes, o número só aumentou. Passou para 463, em 2021, e para 541 no ano seguinte. Os meses com mais casos registrados foram abril, com 67 casos, e novembro, com 60.

E se você acha que uma picada de escorpião é coisa simples, saiba: de acordo com o Ministério da Saúde, o número de mortes no Brasil por essa causa cresceu cerca de 76%, entre 2020 e 2022.

Qual o escorpião mais comum nas cidades?

A maior parte da picadas de escorpião registradas na América do Sul, principalmente no Brasil, são do escorpião do gênero Tityus, popularmente conhecido como escorpião-amarelo.

O potencial de envenenamento é alto e essa espécie está espalhada por todo o país. Essa presença ocorre porque a taxa de reprodução dele é alta. Além disso, é um animal que se adapta facilmente ao meio urbano.

Outras espécies mais comuns são o escorpiãomarrom (Tityus bahiensis), escorpião amarelo do Nordeste (Tityus stigmurus) e escorpião-preto-da-Amazônia (Tityus obscurus).

Eles não gostam muito das estações mais frias do ano. E, apesar do aumento de casos, não costumam atacar os humanos. Usam a picada como um mecanismos de defesa ao serem importunados.

O que fazer se você levar uma picada de escorpião?

Os principais sintomas da picada de escorpião são dor intensa, sensação de ardência ou “agulhadas” e inflamação no local atingido. Nos casos mais graves, também pode haver aumento da frequência cardíaca, suores, enjoos, dificuldade para respirar, queda de pressão.

Se isso acontecer com você ou com alguém próximo, o mais indicado é procurar atendimento médico. Se for possível, leve o escorpião num recipiente bem fechado, para facilitar a identificação.

As equipes do Ciave de Cuiabá ainda orientam o seguinte: mantenha a pessoa em repouso no primeiro momento eleve o membro afetado, para ajudar na circulação e diminuir o edema não amarre e nem fure o local da picada e não ofereça nenhuma bebida ou outra
substância ao paciente, exceto analgésico.

Se você tiver alguma dúvida, ainda é possível ligar no 08007226001. O número é do HMC Hospital Municipal de Cuiabá) e presta orientação 24h em casos de intoxicação e acidentes com animais peçonhentos. (Com informações: O Livre)