Preso desde 2018, o ex-militar da Aeronáutica José Elggy da Silva está em plena ascensão na facção criminosa Comando Vermelho. Fato foi apontado durante investigações da delegacia de Tangará da Serra (250 km de Cuiabá), onde o criminoso, conhecido como ‘meia noite’, comanda crimes bárbaros. É o que informa reportagem do HNT.
Segundo a polícia, Elggy, que chegou a servir em missão humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), utiliza de conhecimentos militares para aplicar requintes de crueldade nos crimes ordenados por ele de dentro da penitenciária Ahmenon Lemos Dantas. A impiedade do faccionado seria o motivo de sucessivas ‘promoções’ na organização criminosa.
Além de aterrorizar munícipes de Tangará da Serra, o criminoso também teria jurado de morte um policial e o delegado do município, além de coagir os próprios membros da facção criminosa a cometerem sessões de tortura e/ou execuções, sob pena de morrerem.
Antes de ser preso, o faccionado exibia fotos ao lado dos corpos das vítimas que matou ou ordenou a execução. À época, ele era conhecido como ‘pretinho’ ou ‘pretinho da borracharia’, mas, depois de ascender dentro da organização criminosa, passou a ser chamado de ‘meia noite’. O ‘sucesso’ dentro da facção é atribuído à crueldade com que José Elggy trata os inimigos.
Recentemente, ‘Meia Noite’ participou por videoconferência da mutilação de uma adolescente de 15 anos que teve a língua cortada para fornecer informações sobre um membro de uma facção rival ao CV. O fato ajudou a evidenciar o acesso irrestrito que o ex-militar – hoje considerado uma das lideranças mais importantes e sanguinárias do CV em Mato Grosso.
Diante da periculosidade do preso, José Elggy foi transferido para o regime disciplinar diferenciado. (Hipernotícias)