Federação denuncia ameaças de morte à liderança indígena em MT

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A Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (FEPOIMT) decidiu excluir das redes da entidade indígenas identificados nos atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro em Brasília. Por meio de nota, a entidade ainda lamenta a série de ameaças de morte que o 2° secretário da entidade, Takakpe Tapayuma Metuktire, vem recebendo após a medida.

Conforme a Federação, o autor das ameaças é o cacique indígena Rony Pareci, líder de uma aldeia em Campo Novo do Parecis (402 km de Cuiabá), identificado com um integrantes do ato golpista. A ação culminou na invasão e destruição dos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes.

Em novembro de 2022, o indígena fez discurso em uma audiência no Senado para pôr em xeque o sistema eleitoral.

“A Diretoria da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso – FEPOIMT, tomando conhecimentos da participação de alguns indígenas do Estado de Mato Grosso nos atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023 em Brasília, que de forma violenta invadiu e destruiu os patrimônios públicos dos prédios do Congresso Nacional, Superior Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, decidiu excluir os indígenas identificados das redes de comunicação da FEPOIMT como demonstração de não compactuar com estes atos e também visando a preservação do índole dos seus membros”, traz trecho da nota, assinada pela presidente da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso, Eliane Xunakalo.

“Lamentavelmente, após tomada dessa medida, o sr. Takakpe Tapayuma Metuktire – 2° Secretário, recebeu ameaças de morte direcionadas a sua família por parte do ser Roni Pareci, um alto declarado apoiador das mobilizações antidemocráticas”, traz outro trecho.

A entidade considera as ameaças como tentativa de intimidação não só pelo fato de ter sido direcionado a Federação, mas principalmente, por “que por trás dessas ameaças estão grandes empresários e políticos que financiam e incentivam o golpe de estado”.

Fonte: HNT