O vereador cassado e tenente-coronel da Polícia Militar, Marcos Eduardo Ticcianel Paccola, ingressou com ação na Justiça cobrando dano moral no valor de R$ 40 mil da vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), por conta de declarações que considera ofensivas das quais foi classificado como “racista, preconceituoso e defensor de assassinato”.
A ação tramita no 6º Juizado Especial Cível de Cuiabá. Uma audiência de conciliação foi marcada para as 17h20 do dia 7 de março deste ano.
Na petição, a defesa de Paccola diz que as declarações da petista, dadas em entrevista a um site de Cuiabá, extrapolaram o campo político e ideológico e foram proferidas por conta de preconceito da petista à profissão de policial militar.
Além disso, diz que foi associado, sem provas, a episódios de racismo, segundo o qual é uma prática da qual não compactua.
“Eu conheço pessoas que o Paccola olha e pensa que é bandido, porque são pretos, são pobres, são periféricos, porque muitos têm que cometer pequenos delitos para poder sobreviver”, disse Edna Sampaio.
A defesa de Paccola anexa diversos links de que a declaração repercutiu nacionalmente. Por isso, entende que sofreu signicativo abalo moral, ferindo sua honra.
“Atribuir a um policial militar a pecha de assassino, que mata pelo simples fato da pessoa ser preta e pobre, transcende qualquer limite da razoabilidade, do debate e, até mesmo, do dissabor diário”, afirma.
A vereadora Edna Sampaio foi a responsável por ingressar com o pedido na Mesa Diretora que motivou a Câmara Municipal de Cuiabá a cassar o mandato de Paccola por quebra de decoro. Na época, Paccola matou a tiros o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, no dia 1º de julho de 2022, na região central de Cuiabá.
O então vereador alegou que agiu em legítima defesa de terceiro acreditando que uma mulher poderia ser atingida por um tiro. Pelo episódio, Paccola é réu numa ação penal por homicídio qualificado e pode ser levado a júri popular para julgamento.
Fonte: HNT