O Conselho de Justiça da 11ª Vara Criminal Militar absolveu dois policiais militares réus por um suposto “roubo de um roubo”, de R$ 38 mil, dinheiro que estaria na posse de assaltantes que haviam praticado o crime contra uma agência do Sicredi em Novo Mundo (785 KM de Cuiabá). Conforme a denúncia, os suspeitos de assalto à instituição financeira teriam sido executados pelos policiais militares.
Os membros do Conselho de Justiça, formado por oficiais militares de Mato Grosso, seguiram por unanimidade o voto do juiz de direito que atua na 11ª Vara Criminal Militar, Marcos Faleiros. A sessão de julgamento ocorreu no último dia 7 de dezembro.
Na avaliação de Marcos Faleiros, não foram apresentadas nos autos provas de que os policiais tenham praticado o crime, ocorrido no ano de 2003. “Como visto, apenas duas testemunhas de acusação foram ouvidas em juízo e seus relatos não foram suficientes para esclarecer com exatidão a dinâmica dos fatos, pairando dúvida em relação à autoria do crime descrito na exordial.
Assim, no caso sub examine, decorrida a instrução processual, não foram acostados elementos probatórios suficientes para confirmar um decreto condenatório”, analisou o juiz Marcos Faleiros.
Segundo a denúncia, dois criminosos teriam participado de um roubo contra uma agência bancária do Sicredi localizada em Novo Mundo, onde foram roubados R$ 38,6 mil, no dia 16 de julho de 2003. Na mesma data, os suspeitos teriam se deslocado do município onde ocorreu o crime para a cidade de Guarantã do Norte (708 KM de Cuiabá).
Já no município vizinho, os criminosos, em posse dos R$ 38,6 mil guardados em duas malas, procuraram um táxi que os levasse até a cidade de Sinop (501 KM de Cuiabá). Suspeitando da atitude dos assaltantes, taxistas em Guarantã do Norte acionaram a Polícia Militar.
Com a chegada dos PMs R.S.N e E.R.S, que constataram o dinheiro roubado, uma das vítimas foi levada para uma região rural de Guarantã do Norte e executada com um tiro na cabeça. Ainda de acordo com a denúncia, o outro suspeito do assalto foi encontrado morto na cidade de Peixoto de Azevedo (638 KM de Cuiabá), dois dias depois do crime, em 18 de julho de 2003, também com indícios de execução. Os policiais negaram a autoria dos crimes.
Fonte: Folhamax
