Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não ter vencido as eleições em Mato Grosso, o Estado deverá contar com uma boa representatividade no governo Federal a partir do próximo ano. Isso porque, diversas lideranças políticas ligadas ao grupo da esquerda estão sendo cotadas para assumir cargos no Palácio do Planalto, após a posse do presidente eleito.
Além do senador Carlos Fávaro (PSD), que já é dado como certo no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), outros políticos mato-grossenses também estão sendo sondados pela equipe de transição do gestor petista.
Entre as lideranças que podem ganhar espaço em Brasília está o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB). O tucano se reuniu nesta segunda-feira (5) com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Ao final da reunião, o socialista falou com Lula, por vídeo, que confirmou que não há hipótese de Leitão ficar na chuva.
As possibilidades são de acomodá-lo na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ou na Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Abastecimento.
Já o deputado federal Neri Geller (PP), que perdeu a eleição para senador no pleito deste ano, também deverá integrar a administração federal a partir do próximo ano. O progressista está cotado para a Secretaria Especial de Assuntos parlamentares.
Caso sua nomeação, de fato, seja efetivada, ele estará no centro das decisões políticas do novo governo, uma vez que terá linha direta com Lula e os presidentes do Senado e da Câmara Federal. Além disso, ficará responsável por tratar das emendas parlamentar e de bancadas.
A ida de Neri para o Governo Federal, contudo, depende de uma decisão da Justiça Eleitoral. A expectativa é que ainda esse ano o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assegure que, mesmo com a cassação do mandato, ele não fica impedido de ser nomeado para cargos públicos em qualquer escalão do governo.
O parlamentar teve o mandato cassado em agosto deste pela Corte Eleitoral Superior. Além disso, ele foi declarado inelegível por oito anos. O Tribunal entendeu que houve “triangulação” da arrecadação de recursos durante a campanha eleitoral em 2018, por conta da doação de R$ 1,3 milhão para candidatos a deputados estaduais.
Outro que também está cotado para assumir um cargo no Governo Federal é o advogado Irajá Lacerda (PSD). O social democrata é afilhado de Fávaro e foi candidato a deputado federal no pleito deste ano.
Nos bastidores, a conversa é que ele venha assumir um cargo no Instituto de Reforma Agrária (Incra).
Fonte: Leiaagora