Despejadas, famílias passarão o terceiro Natal em ginásio de Várzea Grande

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A falta de um lar é o que une crianças, adultos e idosos que vivem de forma precária, em quartos improvisados sob forte calor, há quase dois anos no Ginásio Valdir Pereira, no bairro Mapim, em Várzea Grande. Este será o terceiro Natal no local.

Cento e vinte famílias foram despejadas no dia 16 de dezembro de 2020 do Residencial Colinas Douradas e a mudança emergencial daquelas que não tinham para onde ir ainda é realidade para 25 delas, que continuam lá e lutam para ter acesso a algum programa social que lhes garantam um teto digno.

O mais novo membro da grande família do ginásio é o pequeno Josué Miguel, de um mês. É a primeira criança nascida no espaço onde vivem a mãe Jéssica Araújo Souza, 31, e as irmãs Ana Rosa e Safira, com 7 e 4 anos. Ana Rosa, que está cursando o segundo ano do ensino fundamental, diz que queria ganhar de Natal material escolar e uma bicicleta. Ela integra o grupo de cerca de 50 crianças que conseguem compartilhar momentos de alegria brincando de queimada, pega-pega, pique esconde dentro do espaço comum que sobra entre as tendas improvisadas.

Mas também é nesse espaço insalubre, com grande população de pombos, que muitos sofrem com tosses, alergias e problemas de pele. É o caso do pequeno Josué, que tem apresentado sintomas de tosse, possivelmente pelas condições do ambiente. A mãe diz que continua no local porque não tem como pagar aluguel e não tem para onde ir. Hoje vive de programas sociais e da ajuda de cestas básicas e de outras pessoas. Seu único desejo era ter uma casa para mudar com os 3 filhos. Enquanto isso não acontece, vai passar mais um Natal com aqueles que, como ela, não têm outra opção.

Afirma que qualquer doação é bem vinda, principalmente alimentos, roupas e, no caso dela, fraldas para o caçula. Ela e outras famílias recebem mensalmente uma cesta de alimentos da prefeitura. Mas gradativamente os itens vem sendo retirados, como biscoitos e o leite em pó, que era destinado às crianças.

Serviço

O telefone de contato para ajudar a família de Jéssica é o (65) 98405-3860.

Fonte: Gazeta Digital