Acampados na 13ª Brigada, manifestantes ‘marcham’ e cobram atitude das Forças Armadas

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A manifestação na porta da 13ª Brigada da Infantaria Motorizada em Cuiabá completa um mês nesta quarta-feira (30). O protesto começou nas rodovias, mas migrou para a frente dos quartéis generais do Exército, assim como ocorre em várias das capitais brasileiras.

Ao longo desses dias, os manifestantes revezam no local durante o dia e se concentram em maior número no início da noite, quando acaba o expediente. Muitos até dormem por lá, onde foi montado um verdadeiro acampamento, com barracas, cozinha improvisada e banheiros químicos.

Nesta tarde, o RepórterMT esteve no local e encontrou alguns manifestantes marchando ao som do Hino do Brasil e do Exército Brasileiro. Veja vídeo abaixo.

O ato é motivado pela insatisfação com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente e também contra as ações do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.

Vestidos de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil, os manifestantes exibem faixas onde pedem “Verdade, Honestidade e Justiça”, além de “SOS Forças Armadas”.

Um grupo de “patriotas”, como gostam de ser chamados, conversou com a reportagem, mas preferiu não gravar entrevista. Eles disseram que não pretendem deixar o local até que “o problema seja resolvido”. Para eles, as eleições foram fraudadas.

“Nós queremos que a verdade sobre as urnas apareça. Só isso. Por que eu não posso saber que o meu voto foi para a pessoa que votei mesmo?”, questionou um homem.

“Muitos acreditam que isso aqui não vai dar em nada, mas nós acreditamos”, disse uma mulher.

Eles fizeram questão de enfatizar que o movimento não é financiado, mas recebe muitas doações.

“Todo mundo que está aqui é família. Pode olhar: são pais, mães, crianças. Não tem baderna. Se isso aqui fosse um ato de petistas estaria tudo pichado, sujo”, disse uma outra mulher.

Ela ainda disse que muitos petistas têm se infiltrado no movimento para difamá-los nas redes sociais. “Eles vêm aqui, pegam nossa marmita e depois saem postando que o movimento está fraco”, reclamou.

Veja vídeo:

Fonte: Repórter MT