Os atos antidemocráticos continuam a afetar a vida da população mato-grossense, após mais de 20 dias do segundo turno das eleições. O prefeito de Tangará da Serra, Vander Masson (PSDB), decretou situação de emergência devido à escassez de combustível nos postos da cidade. O decreto foi publicado nesta terça-feira, 22 de novembro.
A falta de combustível, segundo o prefeito, afeta tanto os serviços públicos e quanto o cidadão. Para priorizar os serviços de emergência à população, o prefeito decretou que os postos deem prioridade no abastecimento dos veículos utilizados na prestação de serviços públicos essenciais à população.
“A prioridade deverá ser assegurada mediante a reserva de quantidade não inferior a 10% de seus estoques de gasolina, óleo diesel e etanol”, diz trecho do decreto.
Em caso de escassez, o fornecedor que tenha qualquer quantidade disponível de combustível deve bloquear as vendas ao consumidor, para garantir a prestação de serviços essenciais à população.
Os serviços essenciais listados são:
I – os serviços de resgate e socorro emergencial; de transporte e remoção de pacientes, bem como outros serviços de suporte à rede pública de saúde;
II – de transporte escolar e distribuição de merenda às unidades de ensino;
III – de transporte coletivo urbano;
IV – de coleta de lixo;
V – de segurança pública e de defesa civil;
VI – de abastecimento de água e tratamento de esgoto;
VII – de fiscalização de trânsito.
Por fim, o prefeito ainda determina que os secretários municipais estão autorizados a adotar todas as medidas necessárias para garantir “a vida, segurança e incolumidade das pessoas em particular, dos usuários de serviços públicos, servidores municipais, bem como segurança e integridade do patrimônio público”.
De acordo com o decreto, o desabastecimento foi provocado pelo movimento de bloqueio de estradas iniciado no dia 31 de outubro, após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra Lula (PT).
Rodovias desbloqueadas
No final da tarde desta terça-feira, os onze últimos bloqueios que persistiam em rodovias federais em Mato Grosso foram finalmente desfeitos. O anúncio foi feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e não houve novos registros de pistas fechadas até a manhã desta quarta-feira, 23 de novembro.
Desde a última sexta-feira, 18, quando a segunda onda de protestos eclodiu violentamente, os agentes da PRF tiveram dificuldade em desfazer os pontos de manifestação. Para agir contra os protestos que pediam por um golpe de Estado, um Gabinete de Emergência foi criado em Mato Grosso e planejou uma operação conjunta entre todas as forças de segurança e inteligência para desobstruir as rodovias.
Fonte: Estadão de MT