Caminhoneiros deixam Cuiabá e seguem para Brasília; categoria está dividida

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Dezenas de caminhoneiros promoveram na noite de segunda-feira (07), um grande buzinaço nas principais avenidas de Cuiabá. O comboio, que veio do interior do Estado no final de semana, agora segue rumo a Brasília. Por não concordar com o movimento, muitos caminhoneiros não participam da jornada. Um motorista de carreta que não se identificou, falou porque está fora (veja mais abaixo).

Os caminhoneiros integram a manifestação, que teve início no domingo (30), contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.

Em Mato Grosso, o movimento já fechou rodovias e agora, se concentra na frente de batalhões do Exército Brasileiro. Eles exigem uma intervenção federal para impedir que Lula assuma a presidência em 2023.

No vídeo que está circulando nas redes sociais, é possível ver o comboio passando pela Avenida Miguel Sutil, sentido ao Distrito Industrial, onde devem seguir pela BR-364 rumo à Capital Federal. A ida para Brasília se torna agora a terceira fase da manifestação que ocorre de forma nacional. (Repórter MT)

Veja vídeo:

Caminhoneiros divididos

Muitos caminhoneiros não foram para Brasília

A posição de muitos motoristas mato-grossenses protestarem contra o resultado das eleições, não é compactuada por toda a categoria. Visivelmente, inúmeros caminhoneiros da região decidiram não integrar os manifestos por entender que precisam tocar a vida.

Um caminhoneiro que preferiu não se identificar, disse à reportagem do site Baixada Cuiabana nesta terça-feira (8) que o manifesto não representa toda a categoria. “Enquanto muitos estavam nas rodovias e nas concentrações de protesto, os verdadeiros caminhoneiros aproveitaram o final de semana para descansar”, disse ele, explicando que aos motoristas de caminhões quando estão desengatados das carretas, não é exigida a CNH da letra ‘E’ para conduzir, dando a entender que muitos estão apenas pilotando aqueles caminhões.

“É preciso que o povo saiba que esse protesto não representa a categoria. O agro está promovendo essa ‘baderna’ porque a lavoura já está plantada e a soja está crescendo a todo vapor. Então, eles têm tempo para fazer esse barulho usando a classe dos caminhoneiros”, disse. Ele preferiu o anonimato para para evitar perseguição.