O deputado estadual Eduardo Botelho (UB) – em entrevista à jornalistas, nos corredores da Assembleia Legislativa -, nesta quinta-feira (3), asseverou que não houve surpresa no acirramento, neste último segundo turno das eleições presidenciais, entre Jair Bolsonaro(PL), que buscava a reeleição e o vencedor do pleito, Luiz Inácio Lula da Silva(PT), que cravou nas urnas uma diferença de mais de 2 milhões de votos.
Botelho lembrou que desde o ano passado já apontava que a disputa polarizada entre os presidenciáveis seria voto a voto. “Desde o ano passado eu dizia que iria ter segundo turno. E que quem ganhasse iria fazê-lo por uma diferença pequena. Os dois estavam muito consolidados”.
Revelando que espera que o novo presidente – que teve como uma de suas pautas principais o meio ambiente -, preserve a Amazônia obviamente, mas sem prejudicar os estados, como Mato Grosso que é a porta de entrada da Amazônia Legal, ao não dar mais importância aos interesses estrangeiros em detrimento aos interesses regionais.
“A fala do meio ambiente foi muito forte durante a campanha de Lula. E em todos os cumprimentos que ele recebeu de governantes de outros países, este tema pautou os encontros. Isso nos preocupa porque existe uma tendência desses países de quererem o desmatamento zero na Amazônia, possam de alguma forma prejucar os nossos interesses. Desmatamento ilegal zero, tudo bem. Desde que isto signifique preservação com desenvolvimento sustentável, ou seja, há muito em jogo e não podemos esquecerque interessa o mundo inteiro, mas que não interessa totalmente a população do Amazônia”.
Destacando a importância de combater o desmatamento, mas sem frear o crescimento das populações da região. “Tem mais de 25 milhões de pessoas que vivem lá. Se você parar totalmente nós podemos ter grandes prejuízos para essa população”.
O parlamentar mencionou o Código Florestal, que permite uma porcentagem de desmatamento tolerável, ao apontar que o código florestal prevê que apenas 20% das propriedades sejam desmatadas, e que isso deve sim continuar.
“Para as pessoas que vivem aqui, que precisam do progresso, não é interessante. O interessante para nós é combater o desmatamento ilegal, é combater tudo que seja ilegal, e continuar o código florestal que prevê 20% apenas das propriedades desmatadas, e isso deve sim continuar. Acho que essa é a grande luta que nós temos que fazer daqui para frente, essa defesa, porque o estado pode ser prejudicado e muito com esse desmatamento zero”.
Fonte: O Bom da Notícia