O juiz Marcos Faleiros, da Vara Especializada em Justiça Militar, adiou para o dia 21 de
fevereiro de 2023 a audiência para julgar o vereador cassado em Cuiabá, Marcos Paccola
(Republicanos) e outros quatro policiais militares na ação penal decorrente da Operação
Coverage.
Todos são suspeitos de utilizar-se dos seus cargos e funções de relevância na Polícia Militar para fomentar esquema criminoso destinado à adulteração de registros de armas de fogo, mediante falsificação de documentos e inserção de dados em falsos em um um sistema informatizado da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio da Polícia Militar.
De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), uma das armas de fogo sofreu alteração no registro de arma de fogo para ocultar a autoria de sete crimes de homicídios no período de 2015 a 2016. As mortes foram desvendadas pela Operação Mercenários que trouxe à tona a existência de um grupo de extermínio composto por policiais militares, civis e agentes de segurança de empresa privada.
Inicialmente, a audiência estava marcada para 26 de abril, mas o vereador Marcos Paccola alegou motivos de ordem particulares que impossibilitaria a participação na audiência. O magistrado acolheu o pedido e designou uma nova data que é 3 de novembro e agora novamente designou uma nova data.
Além de Paccola, serão julgados o 3º sargento Berison Costa e Silva, o tenente-coronel Sada Ribeiro Ferreira, o 2º tenente Cleber de Souza Ferreira e o tenente Thiago Satiro Albino. Nas alegações finais, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu a condenação de Paccola, Berison e Cleber e a absolvição de Sada e Thiago.
O MPE requer a condenação de Paccola e Cleber por falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informações. O MPE ainda requer que os dois sejam excluídos da corporação. Já com relação a Berison Costa, o Ministério Público pede a condenação por inserção de dados falsos em sistema de informações.
Fonte: Folhamax