Proprietário nega garimpo ilegal no centro e diz que está construindo shopping horizontal

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Claudio Campos Araújo, proprietário de imóveis no Centro Histórico de Cuiabá, negou que as escavações realizadas em uma de suas propriedades tenha como objetivo a exploração ilegal de minério (ouro). Segundo ele, não há nenhum garimpo ilegal, a ideia é construir um “shopping horizontal” no local.

“O que eu estou fazendo no Centro Histórico de Cuiabá, é história. Meu nome já está na história”, disse.

Na manhã desta sexta-feira (14), a Secretaria de Ordem Pública da Capital embargou a construção, que fica na região da Praça da Mandioca. O embargo aconteceu após diversas denúncias de moradores, de que no local existe um garimpo ilegal. Além disso, durante fiscalizações anteriores, foi constatado que o proprietário não tinha nenhuma autorização para realizar obras no local.

Em entrevista, logo após receber a notificação do poder público, Claudio explicou que utiliza recursos próprios para a construção do empreendimento e que a demora se deve às questões fluviais, pois estaria sendo construído um muro de contenção e drenagem.

“Nós estamos aqui em uma área de aluvião. O que está sendo feito aqui é um sistema de sustentabilidade, estamos separando a água fluvial da pluvial e a água servida. Para esse trabalho precisamos fazer toda uma contenção e a drenagem. Então não existe garimpagem”, explicou.

O proprietário ainda alegou que tem toda documentação necessária para construção e que “forças externas” estariam tentando impedir a revitalização da região.

“Nós estamos aqui com recurso privado e há alguns anos. Vamos transformar isso aqui num centro cultural, num shopping horizontal. Nós vamos fazer o que? O comércio novamente, que gera imposto e, através desse imposto, gerar saúde e segurança pública”, completou.

Apesar das alegações, a Sorp deu um prazo de 10 dias para que o proprietário entregue toda a documentação necessária para realização da obra. Caso contrário, ele poderá responder por crime ambiental.

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já está ciente sobre a situação e acompanha o caso.

A Polícia Judiciária Civil e Polícia Federal também foram notificadas para investigação da prática ilegal de exploração de minério.

Fonte: Repórter MT