Profissionais de enfermagem de Cuiabá iniciaram, na manhã desta quarta-feira (21), um ato contra a suspensão do piso salarial da categoria. Os participantes passaram pela Praça Alencastro e Praça da República e, em alguns momentos, fecharam ruas e avenidas. O ato deve durar até as 20h.
A manifestação faz parte de um movimento nacional que deve paralisar as atividades da categoria por 24h. De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT), Arlindo César Ferreira dos Santos, a manifestação na capital é pacífica.
“Estávamos com o salário no bolso e isso foi tirado de nós. Esses trabalhadores que foram tratados como heróis na pandemia, agora estão sendo considerados bandidos”, disse.
O ato é contra a suspensão da lei que fixa o piso salarial da categoria em R$ 4.750. A definição foi aprovada em julho pelo Congresso Nacional e sancionada em agosto pelo governo federal.
Porém, o Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 15 de setembro, manteve a decisão do ministro Luís Roberto Barroso que suspendeu a mudança até que sejam analisados os impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e estados.
Nesta terça-feira (20), a desembargadora Adenir Alves da Silva Carruesco, da Justiça Federal do Trabalho, determinou que o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT) não dê início à paralisação ou atos que impactem na prestação integral dos serviços essenciais de saúde. Uma multa de R$ 50 mil foi imposta, em caso de descumprimento.
A decisão é resultado de requerimento protocolado pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat)
População
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, a manifestação dos profissionais de enfermagem causou prejuízo aos serviços prestados no Hospital Municipal e Pronto-Socorro “Dr. Leony Palma de Carvalho”.
A Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), que adminitra a unidade, informou que suspendeu as visitas aos pacientes internados, em decorrência da ausência de mais de 50% entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, que não compareceram ao trabalho ou, ainda de acordo com a prefeitura, bateram ponto e abandonaram o plantão.
A Secretaria de Estado de Saúde não respondeu o pedido de informações até o momento.
Fonte: G1 MT