Em documento que mostra o conteúdo das mensagens do celular do vereador, trecho destacado pela Polícia Civil revela que um dos áudios recebidos por Paccola questionava se o agente faria parte de facção.
Isso porque em um dos vídeos do dia da morte do agente, na noite de 1º de julho deste ano, a namorada de Miyagawa, Janaina de Sá Arruda, identifica a vítima como sendo “o voz” ao lamentar o assassinato.
O crime ocorreu por volta das 19 horas do dia 1º de julho, no bairro Quilombo, em Cuiabá. Poucas horas depois da ocorrência, o vídeo feito no local viralizou nas redes. E, por meio de áudio, uma pessoa que não foi identificada questiona se o “voz” seria ligado à facção.
“Boa noite comando, estou vendo a situação aí, senhor sapecou o cara aí, se você viu nesse vídeo aí no final mulher fala que ele era voz né, um voz ou voz do Comando Vermelho como Policial penal pode ser voz do Comando Vermelho, e ficou estranho e já conversando com amigos aqui. Já foi confirmado que ele era Voz do Três Barras banda do Três Barras que a voz dele lá. Parabéns Comando pela pela atuação ( sic)”, diz a mensagem na íntegra.
O caso
Miyagawa foi assassinado com 3 tiros disparos por Paccola. Na versão do vereador, o agente estava com a arma na mão e se virou na direção do parlamentar, que supostamente teria agido para defender a namorada da vítima de suposta violência.
Com o assassinato, Paccola foi se tornou réu pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá, coordenada pelo juiz Flávio Miraglia, que acolheu denúncia do Ministério Público contra o vereador.
Na mesma decisão, o juiz determinou que fosse recolhida a arma de Paccola. Paralelamente, o vereador tem seu caso estudado pela Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá.
Fonte: Gazeta Digital