Gisela Simona deve assumir o cargo de deputada federal em decorrência da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou o mandato de Neri Geller (PP) e o declarou inelegível por oito anos, em julgamento realizado na noite desta terça-feira (23). Ocorre que Gisela foi a candidata mais votada na eleição de 2018, depois dos deputados federais eleitos na chapa de Neri, A Força da União IV.
Na ocasião, foram eleitos por essa chapa, além de Neri com 73.072 votos, o deputado federal José Medeiros (na época filiado ao Podemos, hoje ao PL) com 82.528 votos, e Emanuelzinho (PTB) que fez 76.781 votos. Gisela recebeu 50.682 votos (3,42%) e ficou na suplência da chapa.
O que pode ocorrer, na prática, é Gisela renunciar, passando a bola para o próximo mais votado na chapa. A tendência, inclusive, e ela siga na disputa ao mesmo cargo, para o qual lançou candidatura este ano.
Em áudio divulgado via assessora, após o resultado do julgamento desta terça, Gisela fala emocionada e com a voz embargada que a Justiça foi feita.
“Ainda estou emocionada aqui porque a gente sabe o sacrifício que foi feito nessa eleição, a quantidade de pessoas que confiaram na gente, né, e é isso. A Justiça demorou, mas está sendo feita. O importante é as pessoas acreditarem no voto. Vejam que o poder econômico tirou de nós a oportunidade de poder ter exercido um mandato realmente popular. E embora tardia [a Justiça], eu fico feliz com o resultado de poder hoje, com essa decisão da Justiça, assumir um lugar que era nosso, do povo de Mato Grosso”.
Ao final do julgamento, a conclusão lida pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, foi que a Corte “determina o cumprimento imediato do acórdão, independentemente de sua publicação”.
Fonte: Leia Agora