Uma família com 32 indígenas venezuelanos estão na rua sem saber para onde ir após serem despejados, na última semana, no bairro Tijucal, em Cuiabá. Euclides Jesus Moraleda, de 40 anos, indígena venezuelano da etnia Warao, um dos desabrigados, disse que o grupo foi despejado após o vencimento do contrato do aluguel. O locatário não quis renovar a contratação por se tratar de 32 pessoas.
A família chegou no Brasil em 2018 e reside em Cuiabá há 9 meses. Sem emprego fixo, o grupo usa a rua para pedir dinheiro e se manter na Capital.
“Hoje, estamos muito tristes porque não temos dinheiro para alugar outra casa… Muitas crianças estão chorando”, disse Euclides à reportagem.
O professor do departamento de Antropologia da UFMT Aloir Pacini, que acompanha o povo Warao há algum tempo, defendeu que a Prefritura de Cuiabá e o Governo ajudem o grupo.
“A gente socorre aqui, leva cesta básica, ajuda aqui, ali, mas é a obrigação dos governos zelar pelos seus cidadãos. Mesmo que imigrante, eles têm direitos iguais. A gente não pode tratar assim essas pessoas”, disse.
Os Warao (povo da água na língua materna), são um grupo étnico constituído originalmente há mais de oito mil anos na região do delta do Rio Orinoco. São hoje a segunda maior etnia da Venezuela com cerca de 49 mil pessoas (Censo 2011).
Uma das razões pelas quais o povo Warao deixam suas terras decorre da invasão progressiva por parte de agricultores, pecuaristas, petroleiros e narcotraficantes. O atrativo também está na busca por oportunidades de emprego para conseguir mais recursos para a saúde e alimentação.
Para contribuir, entre em contato com a família pelo número (66) 9 9249-5442 – Euclides Jesus, ou (65) 9 9933-0164 – Professor Aloir Pacini.
Contribuições diretas podem ser feitas pelo pix cpf: 706.962.832.39.
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Fonte: Midianews
