O Núcleo de Defesa da Vida de Cuiabá do Ministério Público do Estado (MPE) avalia a possibilidade de recorrer da decisão do Tribunal de Justiça (TJ-MT), que negou o pedido de prisão preventiva do vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), acusado de assassinar o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, com três tiros pelas costas, em Cuiabá.
O MP tem agora em mãos o laudo da necrópsia que aponta que a vítima foi atingida por três tiros nas costas. O que pode complicar Paccola que afirma ter atirado por legítima defesa.
O agente conhecido como Japão foi morto no dia 01 deste mês, durante uma confusão na frente de uma distribuidora de bebidas, no bairro Duque de Caxias.
Esta semana, o juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, negou um pedido feito pelo MP e pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) para prender o parlamentar.
No pedido, o MPMT lembrou que Paccola responde em outra ação penal, caso que ficou conhecido na “Operação Mercenários”, em 2019. Ele vai ser julgado em novembro neste caso, por supostamente ter usado senha de outro policial para acessar o controle e camuflar a identificação de um armamento usado em assassinatos.
Na justificativa, o magistrado afirmou que o vereador tem “bons antecedentes”. Mas deferiu o pedido de busca e apreensão dos aparelhos celulares dele para perícia.
O RepórterMT apurou que, no primeiro pedido, os promotores Antonio Sergio Cordeiro Piedade, Marcelle Rodrigues da Costa e Faria, Samuel Frungilo e Vinicius Gahyva Martins que integram o Núcleo de Defesa da Vida de Cuiabá ainda não tinham os laudos periciais sobre a causa da morte, feitos nas pistolas da vítima e do vereador e do local do crime.
Na manhã desta sexta-feira (15), foi divulgado que o exame de necropsia apontou que Alexandre foi morto com três tiros pelas costas, contrariando a versão do acusado.
A informação é que os laudos periciais feitos nas armas também já ficaram prontos, restando apenas o do local do crime.
A partir daí, os promotores em ação conjunta com a DHPP deverão avaliar se vão recorrer da decisão e pedir um novo pedido de prisão de Paccola. O inquérito policial deverá ficar pronto nos próximos 15 dias.
Fonte: Repórter MT