Imagens de câmeras de segurança registraram uma tentativa de execução contra o irmão de Enderson Júlio da Silva Leite, de 23 anos. O crime aconteceu no dia 6 de maio de 2021, mesmo dia em que Enderson foi sequestrado, torturado e morto por membros de uma facção criminosa, em Várzea Grande.
Conforme a Polícia Civil, as investigações indicam que os irmãos eram informantes da Polícia Militar, e por isso se tornaram alvos dos criminosos. Enderson foi, segundo a família, também membro da organização antes de se tornar um informante.
Nas imagens, registradas de dois ângulos diferentes, é possível ver um carro prata estacionando em frente a uma residência. De dentro da casa, primeiro sai uma mulher e depois o rapaz, de bermuda e sem camisa.
Os dois conversam com quem estava dentro do veículo por algum tempo, até que um carro branco chega “fechando” o que estava estacionado.
Dele sai primeiro o carona e em seguida o motorista, ambos atirando contra o irmão de Enderson e em direção ao veículo.
A mulher se joga no chão enquanto o rapaz sai correndo em disparada. Ele cai na calçada e se levanta atirando contra a dupla, em seguida foge e desaparece das filmagens.
A mulher permanece agachada até os atiradores irem embora. Depois que eles fogem, sai do veiculo uma mulher carregando uma criança de um ano no colo.
Segundo a Polícia, um dos adultos foi atingido no rosto e a criança na perna. Nenhuma das vítimas foi a óbito.
Operação deflagrada e as prisões
A Polícia Civil deflagrou nesta segunda-feira (20) mais uma etapa da Operação Comando da Lei, com cumprimento de quatro mandados de prisão e quatro de busca e apreensão contra investigados pelo homicídio de Enderson.
Segundo as investigações, Enderson foi sequestrado em casa no dia 6 de maio no Bairro São Benedito, em Várzea Grande. Depois disso ele foi torturado e morto a mando de uma organização criminosa.
O corpo foi encontrado no dia 13 de maio de 2021, na região do Bairro Formigueiro, já em estado de decomposição.
Conforme o inquérito conduzido pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, os investigados – de 26, 31, 28 e 45 anos – respondem pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e integração de organização criminosa. Além desses crimes, a equipe da DHPP apurou seis tentativas de homicídio praticadas pelo mesmo grupo.
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Fonte: Midiandews