Nesta última terça-feira(24), em sua live semanal nas redes sociais, o prefeito da capital, Emanuel Pinheiro, prometeu colocar, em breve, um ‘tapume estilizado’ – com detalhes da cultura cuiabana -, em todo espaço que abrange a Ilha da Banana, até que sua administração possa resolver, em definitivo, aquele espaço abandonado que se transformou em abrigo para drogados e moradores de rua, bem no centro histórico de Cuiabá.
Pinheiro classificou, aliás, a Ilha da Banana, no entorno do Largo do Rosário, como ‘uma visão do terror, com aspecto de terra arrasada, e bem no coração histórico da capital’
“E, agora, aquela Ilha da Banana ali bem no centro da cidade, que mais parece a visão do terror, com aspecto de terra arrasada bem no centro da cidade, no coração do centro histórico de Cuiabá. A saída, por enquanto, é colocar um tapume estilizado. Até porque o espaço faz parte das desapropriações feitas pelo Estado, na época da Copa, e eu não posso por enquanto mexer […] Se ali fosse de responsabilidade da capital eu já tinha embelezado, tornado aquele espaço em um lugar de contemplação para nossa cidade. Agora fica aquele trem lá e eu não posso mexer, servindo para a população de rua, nem no centro. Aquilo chegar até mesmo atingirdo autoestima da população cuiabana. Assim, vou colocar um tapume estilizado maravilhoso com detalhes da cultura cuiabana. Vvai ficar maravilhoso”.
Em 2017, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) demoliu 11 dos 15 imóveis instalados na Ilha da Banana – entre a Avenida Coronel Escolástico e o Morro da Luz – para dar passagem ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). No entanto, desde então, as obras não tiveram continuidade por entraves judiciais.
O projeto inicial para o local, apresentado pela extinta Secopa, previa a retirada de todas as casas da Ilha da Banana para que os vagões do VLT subissem pela Rua Bernardo de Antônio Oliveira Neto, que passaria a ser mão dupla. Já a Avenida Coronel Escolástico, em frente à Igreja do Rosário, na pista que faz o sentido Coxipó-Centro, seria bloqueada, dando lugar ao Largo do Rosário.
Após os primeiros embates dos moradores da região, o projeto foi mudado. O “plano b” previa apenas a demolição de metade dos imóveis para a implantação da via permanente do VLT do Eixo 2 (Coxipó-Centro).
A obra paralisada do VLT já consumiu mais de R$ 1,2 bilhão dos cofres públicos e está parada desde dezembro de 2014. O futuro do modal ainda é incerto. Com as obras abandonadas, algumas pessoas voltaram a ocupar o que agora são ruínas da Ilha da Banana.
Ainda durante o seu primeiro mandato de prefeito da Capital, Pinheiro teria pedido ao governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), a transferência do Largo do Rosário para a administração municipal, o que incluia a Ilha da Banana.
“Eu não suporto ver Cuiabá com cara de descuidada […] o estado ainda não nos repassou. Senão eu já tinha feito um local de lazer e contemplação, aí fica aquele trem lá eu não posso mexer”.
Fonte: O Bom da Notícia