Vários diamantes e outras pedras preciosas foram apreendidos no apartamento do ex-secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e pré-candidato a deputado federal, Nilton Borgato (PSD), preso na manhã desta terça-feira (19) durante a Operação Descobrimento, deflagrada pela Polícia Federal.
A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína.
Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão em apartamento no edifício Harmonia, no bairro Jardim Aclimação, na Capital, os agentes encontraram 12 saquinhos contendo dezenas de pedras.
Os diamantes têm vários tamanhos e foram encontrados embaixo da cama de Borgatto, além de muito dinheiro. No total, foram 4 mil dólares, mais R$ 29,3 mil. Os diamantes serão levados à Caixa Econômica Federal.
Ainda não foi revelada qual era a função de Borgato na organização criminosa. Além dele, o lobista Rowles Magalhães e a doleira Nelma Kodama também foram presos. As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador/BA e pela Justiça portuguesa.
A reportagem apurou que o ex-secretário já está na sede da PF, localizada na Avenida do CPA, prestando depoimento. Em seguida, ele deverá ser encaminhado para exames no Instituto Médico Legal (IML) e depois para o sistema prisional.
A operação
De acordo com a PF, as investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador/BA para abastecimento.
Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).
A Justiça brasileira também decretou medidas patrimoniais de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados.
Ao todo, 43 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco.
Fonte: Repórter MT